Revista do Mundial 2022 | Grupo A

PAÍSES BAIXOS

Não foi travessia fácil o percurso dos Países Baixos, mas Van Gaal tratou de construir os diques necessários para o barco neerlandês navegar. Desde o Mundial 2018 – onde, de forma chocante os Países Baixos ficaram fora – a Laranja Mecânica teve três técnicos.  Koeman saiu para o Barcelona, De Boer não teve rendimento e Van Gaal regressou para salvar a seleção. As eliminatórias foram disputadas até ao fim com a Turquia e a Noruega, mas o técnico espremeu todo o sumo da laranja – com as peças certas, a mecânica configurar-se-á –, que chega ao Qatar com o estatuto de possível surpresa.

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Trata-se de um regresso ao passado, desde logo pelo regresso ao sistema com três centrais (possivelmente a zona do campo com maior qualidade individual). Outro regresso a 2014 está no método utilizado na baliza. Em várias paragens para a seleção, Van Gaal levou para estágio vários guarda-redes especificamente para trabalhar o momento das grandes penalidades. Qualquer apaixonado por futebol teve a sensação de déjà-vu, recordando o momento em que Cilessen – de forma algo surpreendentemente não foi convocado para 2022 – deu o lugar a Krul que brilhou na disputa por grandes penalidades contra a Costa Rica, no Mundial 2014.

O regresso ao passado faz-se, ainda assim com nomes do presente e do futuro. Timber parece ter garantido o lugar como central à direita. A presença de Timber e de Aké no onze garante à seleção capacidade de condução desde trás. São assim os centrais exteriores – até com maior preponderância que Van Dijk na manobra ofensiva\ – um dos destaques da seleção. Os perfis totalmente distintos dos alas são também interessantes de analisar. À esquerda Blind é um jogador mais conservador nas projeções, com grande segurança na saída de bola e mais influente na construção. À direita Dumfries é um jogador muito agressivo e que, apesar das claras limitações técnicas, é capaz de criar perigo pela velocidade, pela força física e pela capacidade de atacar o espaço. A capacidade de condução de Frenkie de Jong será arma numa seleção que, pelo menos de início não joga com referências fixas na frente. Em 5-2-1-2, os três da frente – deverão passar por Berghuis/Gakpo, Memphis e Bergwijn. Muita mobilidade e, fruto do impacto dos alas, muita eficácia no ataque às zonas de finalização bem definidas.

Defensivamente os Países Baixos poderão sofrer caso não haja um acompanhamento defensivo dos homens mais avançados. Os médios marcam individualmente e os centrais exteriores costumam lançar-se em perseguições, obrigando os alas a fechar dentro. Por esta razão bem como pela ausência de extremos, os corredores laterais são uma zona muitas vezes desprotegida e que pode ser visada pelos adversários.

JOGADOR A OBSERVAR

Frenkie de Jong – É um dos melhores médios do mundo e, ao contrário do FC Barcelona, onde às vezes fica amarrado num jogo demasiado posicional para casar com as suas características, na seleção pode projetar-se. Joga à frente da defesa, mas mais importante do que a posição base, é a liberdade que tem para se movimentar, para ocupar diversos terrenos e para se projetar em campo, com bola em condução, sem bola ou através do passe, apresentando-se como elemento surpresa. Algo discreto nos últimos tempos, pode voltar a brilhar no Mundial.

PREVISÃO DE POSIÇÃO NO GRUPO: PRIMEIRO LUGAR

Diogo Ribeiro
Diogo Ribeirohttp://www.bolanarede.pt
O Diogo é licenciado em Ciências da Comunicação, está a terminar o mestrado em Jornalismo e tem o coração doutorado pelo futebol. Acredita que nem tudo gira à volta do futebol, mas que o mundo fica muito mais bonito quando a bola começa a girar.

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