Borussia VfL Monchengladbach 4-2 BVB Dortmund: Golos, reviravoltas e…uma ultrapassagem

    A CRÓNICA: 45 MINUTOS ELETRIZANTES

    No duelo que marcou a abertura da segunda volta da Bundesliga, o Borussia VfL Monchengladbach derrotou o BVB Dortmund por 4-2, algo que valeu a ultrapassagem na tabela classificação e o regresso ao top-4 da Bundesliga, ainda que temporariamente. Mas vamos primeiro ao filme do jogo!

    Bem… Que primeira parte sensacional! A equipa da casa dominou nos primeiros 10 minutos e, se é verdade que o golo de Nauhaus aos 47 segundos foi anulado por falta na jogada, o mesmo não se pode dizer do cabeceamento de Elvedi ao minuto 11’ (após livre cobrado por Hofmann) que, após ter sido confirmado pelo VAR, ia premiando a única equipa a criar perigo.

    Mas tudo mudou num ápice! O Dortmund começou a acordar e não tardou em mexer com o marcador. Sensivelmente a meio do primeiro tempo, Sancho combinou bem com Haaland e o norueguês restabeleceu a igualdade. Ajanki e Emre Can estiveram perto de fazer a reviravolta na sequência de um pontapé de canto, mas seria uma nova combinação entre Sancho e Haaland na grande área (após uma bela jogada coletiva) a inverter o resultado, novamente num remate do ponta de lança ao minuto 28’.

    Marco Rose não deixou que Edin Terzic festejasse durante muito tempo e rapidamente viu a sua equipa chegar ao empate, novamente através do central Elvedi, que aproveitou uma defesa incompleta de Bürki ao livre cobrado por Stindl. Os auri-negros estiveram por cima nos últimos dez minutos da primeira parte, mas nem Hummels, nem Sancho, conseguiram desfazer a igualdade.

    Não aproveitou a equipa visitante, aproveitaria a formação da casa na segunda parte. Logo a abrir, Bensebaini recolocou a equipa de Monchengladbach na frente do marcador, com um remate cruzado a surpreender todos os oponentes – um momento que viria a ser chave para toda a “cortina” do segundo tempo. O Dortmund não conseguiu ter a mesma capacidade de reação que tinha apresentado na primeira metade do encontro e só conseguiu criar perigo ao minuto 75’, num remate do português Raphaël Guerreiro. Logo após esse lance, o recém-entrado Marcus Thuram cabeceou para o fundo das redes e sentenciou todas as dúvidas.

    Com este resultado, o Borussia Monchengladbach não só passou a somar 31 pontos no quarto lugar (contra os 29 do BVB Dortmund logo atrás), como voltou a derrotar o conjunto de Dortmund quase meia dúzia de anos depois – a última vitória tinha sido em abril de 2015 (3-1), desde aí, 12 jogos, 12 triunfos dos auri-negros.

     

    A FIGURA

    Jadon Sancho – Não ganhou, não marcou, mas nem por isso deixou de se destacar. O jovem inglês carregou a equipa às costas na primeira parte de uma forma sensacional.  Desequilibrou, desmarcou, isolou, assistiu e brilhou. Jadon Sancho revelou ser brilhante na leitura das jogadas que originaram os golos do Dortmund. No primeiro, soube combinar com Haaland nas costas da defensiva contrária. No segundo, o próprio quebrou a defesa a iniciar o passe, a recebê-lo dentro e ainda a oferecer o bis a Haaland. Na segunda parte, os auri-negros não estiveram no seu melhor, mas mesmo assim Jadon Sancho foi o maior quebra-cabeças da equipa de Edin Terzic.

     

    O FORA DE JOGO

    Marco Reus – Longe das prestações a que habituou todos os amantes do futebol, Marco Reus não esteve ao melhor nível e passou despercebido em grande parte dos lances de maior perigo por parte do Dortmund. E se até se podia dizer que na primeira parte houve quem se destacasse mais nas transições ofensivas da equipa, certo é que, no segundo tempo, o extremo de 31 anos não se conseguiu impor nas dinâmicas ofensivas da equipa e voltou a passar ao lado da estratégia que o emblema de Dortmund trazia para o segundo tempo. Não foi de estranhar o facto de ter sido a primeira substituição de Edin Terzic, algo a que não reagiu bem. Melhores dias virão, certamente.

     

    ANÁLISE TÁTICA – BORUSSIA MONCHENGLADBACH

    Em relação à equipa que derrotou o Werder Bremen na jornada de encerramento da primeira volta, Marco Rose optou por fazer três mudanças no onze (uma em cada setor): Bensebaini rendeu Wendt, Zakaria substitui Herrmann e Stindl entrou para o lugar de Hannes Wolf.

    Inicialmente alinhado num 4-4-2, a formação da casa dominou quando quis, marcou e rapidamente mudou de estratégia, passando para um 3-4-1-2, com uma linha de três construída pelos dois centrais e por Zakaria (inicialmente como médio direito) e uma frente de ataque com Stindl a jogar atrás de Hofmann e Pléa. A pressão ofensiva perspicaz deu frutos nessa reta inicial, mas a mudança de sistema tático não pareceu favorecer o Borussia Monchengladbach que, após sofrer o 1-2, voltou à estrutura-base. No segundo tempo, o trunfo esteve em marcar primeiro e controlar largos períodos do encontro na sequência de nova vantagem no encontro. As substituições no ataque permitiram refrescar a equipa para novas transições, que levaram algum desconforto a Bürki.

     

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Yann Sommer (6)

    Ramy Bensebaini (7)

    Nico Elvedi (8)

    Matthias Ginter (6)

    Stefan Lainer (6)

    Florian Neuhaus (7)

    Christoph Kramer (6)

    Jonas Hofmann (7)

    Denis Zakaria (6)

    Alassane Pléa (5)

    Lars Stindl (7)

    SUBS UTILIZADOS

    Marcus Thuram (7)

    Breel Embolo (6)

    Hannes Wolf (5)

    Patrick Herrmann (-)

     

    ANÁLISE TÁTICA – BVB DORTMUND

    Edin Terzic decidiu mudar duas peças após a derrota no reduto do Bayer 04 Leverkusen, colocando Mateu Morey no lugar de Thomas Meunier e ainda Emre Can a render Thomas Delaney.

    Num 4-2-3-1, o duplo pivot constituído por Bellingham e Emre Can foi determinante para as recuperações de bola que originaram grande parte dos lances de perigo. No entanto, nos primeiros dez minutos, revelaram ser um autêntico corredor aberto ao ataque contrário, algo que foi imediatamente corrigido. Mesmo após sofrer os golos, a formação de Edin Terzic revelou ter uma enorme capacidade de reação, criando boas dinâmicas ofensivas e diversas linhas de passe algo inesperadas para o adversário. Tais características não foram replicadas na segunda parte de forma expressiva e permitiram ao adversário controlar alguns períodos do jogo.

     

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Roman Bürki (5)

    Raphaël Guerreiro (6)

    Mats Hummels (6)

    Manuel Akanji (6)

    Mateu Morey (5)

    Emre Can (7)

    Jude Bellingham (7)

    Julian Brandt (6)

    Marco Reus (5)

    Jadon Sancho (8)

    Erling Haaland (8)

    SUBS UTILIZADOS

    Giovanni Reyna (5)

    Youssoufa Moukoko (6)

    Steffen Tigges (-)

     

     

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    Miguel Simões
    Miguel Simõeshttp://www.bolanarede.pt
    Já com uma licenciatura em Comunicação Social na bagagem, o Miguel é aluno do mestrado em Jornalismo e Comunicação, na Universidade de Coimbra. Apaixonado por futebol desde tenra idade, procura conciliar o melhor dos dois mundos: a escrita e o desporto.                                                                                                                                                 O Miguel escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.