Estamos no Rio Grande do Sul. Mas esta é uma terra diferente das restantes do Brasil. É o Estado mais a sul de Terras de Vera Cruz. Aqui o clima é frio. As pessoas comem carne de churrasco até no pequeno-almoço. Tomam o famoso chimarrão (não, o chimarrão não é nenhuma carne, mas sim uma folha de chá) e ainda têm a mania de tratar os outros por che! Talvez uma mera coincidência de quem está tão perto das pampas. Hoje é dia do clássico entre Grêmio e Internacional. E a cidade de Porto Alegre vai parar.
– “Que é isso? Camisa azul? Não, não. Azul não pode ser! Veste antes esta vermelha.”
– “Corrigindo os testes com caneta vermelha? Ah, larga isso! Toma esta caneta azul.”
É isto que os adeptos de uma e outra equipa poderão ouvir dos mais fanáticos. E ninguém escapa a estes comentários quando se faz tão escandalosa ignomínia. O Grêmio é tricolor. Azul, preto e branco. O Inter joga com o tradicional vermelho e branco. Tricolor e Colorado. O clássico do sul. Este é o GreNal!
Fonte: zerohora.clicrbs.com.br
Ambos os emblemas têm um grande historial. O Grêmio já foi duas vezes campeão brasileiro e tem quatro Copas do Brasil. O Inter é tricampeão mas só tem uma copa do Brasil. Em termos internacionais equivalem-se. Duas Libertadores para cada um e um mundial de clubes também. Em termos de Estaduais há vantagem para o Colorado: são 42, enquanto os rivais gremistas têm 36. Só que existe um título que os gremistas gostariam de não ter. E esse título ninguém quer: campeão da Segunda Divisão por uma vez, em 2005. O Internacional nunca desceu de divisão.
Ah, e a célebre frase do “clássico é clássico e vice-versa” foi proferida por Mário Jardel em vésperas de um GreNal. O passado conta pouco para cada jogo, de facto. Ambos os clubes têm história. Os dois contribuem para que o Rio Grande do Sul e o Brasil fiquem cada vez mais alegres.