Essa semana o ex-presidente do Atlético Mineiro, Alexandre Kalil, disse que o futebol não é coisa para pobre e defendeu a ideia de se cobrar um alto valor para a aquisição dos ingressos. Infelizmente o cenário do atual futebol brasileiro não permite que os pobres de fato sejam incluídos. Entretanto, o Kalil erra ao defender essa ideia. O futebol é feito por pobres para os pobres. O torcedor de antigamente não se importava de assistir o jogo em pé na geral. Ele queria era estar no campo. Quem quisesse mais de conforto pagava um pouco mais para ir na arquibancada ou na cadeira.
Se faz necessário os clubes criarem uma política de inclusão. É evidente que os clubes necessitam de receita para tentarem manter as suas contas em dia. Mas nada é mais importante que o torcedor. Nem que para isso seja criado um teto de vencimento para a folha salarial do elenco.
Parece uma postura radical, mas talvez acabasse com a justificativa de se cobrar altos valores de ingressos para poder pagar os altos salários dos jogadores. Por todo Brasil já começaram as manifestações dos torcedores em relação ao tema. Enfim é um assunto que precisa ser debatido em todos os meios relacionados ao futebol, incluindo a imprensa. Não tem como não ser nostálgico e sentir saudades dos velhos Mineirão, Maracanã, Fonte Nova entre outros estádios. Torcer no estádio era diferente. Futebol “Gourmetizado” não é cara do futebol brasileiro.