A CRÓNICA: A VINGANÇA É UM PRATO QUE SE SERVE FRIO EM LEIPZIG…
A terceira jornada da Liga dos Campeões trouxe-nos grandes partidas de futebol e o RB Leipzig x Paris Saint-Germain FC foi uma delas, com alemães e franceses à procura de assaltar o primeiro lugar do grupo H, depois do desaire do Manchester United FC na Turquia, frente ao İstanbul Başakşehir FK.
Com um começo de jogo frenético, os parisienses abriram o marcador logo aos seis minutos de jogo, depois de um erro de Upamecano que permitiu uma recuperação de bola aos franceses em zona proibida e que Di ‘Magia’ soube aproveitar da melhor maneira. Dois minutos depois o Leipzig tentou responder, mas Navas negou o golo alemão com duas grandes intervenções no mesmo lance. Sensivelmente dez minutos depois, a formação francesa voltou a dispor de uma oportunidade de ouro para ampliar a vantagem, depois de uma grande penalidade cometida pelos die bullen, mas desta feita Di María permitiu a defesa ao guardião Gulácsi.
Com um maior pendor ofensivo, o PSG ainda inseriu duas bolas na baliza adversária, mas os lances acabaram anulados por fora de jogo. Ainda assim, antes do apito para o fim do primeiro tempo, o Leipzig acabaria por empatar a partida à passagem do minuto 41, por intermédio de Nkunku, que com um remate fulminante, finalizou uma grande jogada ofensiva da turma germânica.
A entrada para a segunda parte foi mais contida em relação à dos primeiros 45 minutos, algo que mudou aos 56’ depois do golo de Forsberg, de penalti, após mão na bola de Kimpembe, que permitiu à formação alemã colocar-se na frente do marcador pela primeira vez na partida, consumando assim a reviravolta. Les Parisiens voltaram a sofrer um revés à passagem do minuto 70, com a expulsão de Gana Gueye, o que complicou a situação ainda mais para o lado francês. Até ao final da partida, as ocasiões efetivas de golo escassearam, havendo ainda tempo para mais uma expulsão, desta feita a de Kimpembe, já em período de descontos. No fim, o resultado acabaria mesmo por ser favorável à formação da casa, permitindo aos alemães vingarem-se da eliminação sofrida aos pés dos franceses nas meias finais da edição passada.
Com este triunfo, a formação alemã colou-se aos red devils no topo da tabela do grupo H, em igualdade pontual com o conjunto de Bruno Fernandes – ambas com seis pontos -, enquanto que o PSG ocupa o terceiro lugar com três pontos, depois de uma vitória e duas derrotas em três encontros.
A FIGURA
— RB Leipzig English (@RBLeipzig_EN) November 4, 2020
Christopher Nkunku – O médio francês realizou uma grande partida frente à sua antiga equipa, sendo um dos homens mais irreverentes e perigosos do lado do RB Leipzig. Apontou ainda um grande golo e foi sem dúvida o melhor jogador em campo.
O FORA DE JOGO
1⃣5⃣0⃣e match pour @kimpembe_3 ce soir 🔴🔵#RBLPSG pic.twitter.com/2AwacPgXOl
— Paris Saint-Germain (@PSG_inside) November 4, 2020
Presnel Kimpembe – Para além do penalti cometido que ditou a derrota do Paris Saint-Germain FC, foi ainda a tempo de desfalcar a sua equipa para o próximo encontro da liga milionária, de forma completamente desnecessária e já em tempo de compensação. Partida para esquecer do central gaulês.
ANÁLISE TÁTICA – RB LEIPZIG
Os comandados de Julian Nagelsmann atuaram num dispositivo base de 3-4-2-1, com o espanhol Dani Olmo a funcionar como a referência mais ofensiva. Os Die roten Bullen privilegiaram a troca de bola e o jogo interior, com o médio Nkunku a comandar as hostes. Já as tentativas de golo surgiram muitas vezes de remates de meia distância. A formação alemã mostrou-se muito compacta e entrosada, conseguindo conter as investidas francesas, ainda que num ou noutro momento de transição rápida do adversário tenham mostrado algumas dificuldades.
11 INICIAL E PONTUAÇÕES
Gulácsi (6)
Konaté (6)
Upamecano (6)
Orban (7)
Mukiele (6)
Sabitzer (7)
Haidara (6)
Angeliño (7)
Nkunku (8)
Forsberg (7)
Olmo (6)
SUBS UTILIZADOS
Poulsen (6)
Henrichs (6)
Adams (6)
Kluivert (6)
Kampl (-)
ANÁLISE TÁTICA – PARIS SAINT-GERMAIN FC
Com muitas ausências de peso, nomeadamente as de Neymar e Mbappé, a formação orientada por Thomas Tuchel apresentou-se num sistema tático base de 4-3-3. Na fase de construção foi normal observar-se os laterais bem abertos e a projetarem-se na frente, tentando explorar algum espaço dado pelos alemães nos corredores, principalmente quando o meio-campo se encontrava mais congestionado. Na frente de ataque, destaque para Moise Kean a jogar de costas para a baliza e a servir – e bem – Di María e Sarabia, após o ataque à profundidade dado pelos dois jogadores.
11 INICIAL E PONTUAÇÕES
Navas (6)
Florenzi (6)
Danilo (6)
Kimpembe (5)
Kurzawa (6)
Gueye (5)
Marquinhos (6)
Herrera (6)
Di María (7)
Kean (6)
Sarabia (6)
SUBS UTILIZADOS
Bakker (6)
Kehrer (6)
Rafinha (-)