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«Ida de Renato Sanches para o Bayern foi prematura. Agora já vemos a sua qualidade» – Entrevista BnR com Patrik Andersson

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«MUNDIAL DE 1994 CHEGOU E AS COISAS
MUDARAM MUITO PARA MIM
»

Bola na Rede: Antes de falarmos da tua carreira, gostaria de apenas tocar em mais um tema: Estiveste muito tempo no FC Bayern Munique e sabes das dificuldades de jogar num clube com essa dimensão. Portugal teve apenas um atleta no clube, Renato Sanches, e as coisas não correram bem. Como são as coisas no clube? Há, de facto, uma exigência diferente? 

Patrik Andersson: Creio que tem tudo que ver com o timing. Por exemplo, o Renato era o jovem mais promissor da Europa naquele momento. Acho que foi um passo demasiado prematuro na carreira dele e agora já podemos ver a sua verdadeira qualidade. Isto tem tudo que ver com timing e confiança, é muito difícil jogar no FC Bayern. A pressão no clube é enorme, seja pelos dirigentes do próprio clube, adeptos, comunicação social… Sim, a Alemanha é mesmo especial. Todos os dias são uma luta.

Bola na Rede: Vamos então falar da Bundesliga. Foram seis anos de muitos jogos e uma Taça no Borussia Monchengladbach. Como foi essa experiência e como surge o convite para jogar na Alemanha?

Patrik Anderson: Foi novamente o timing. Passei um ano em Inglaterra [Blackburn Rovers, 1992/93], mas não me adaptei muito bem, principalmente pela forma como jogavam. Também me colocaram no meio-campo, mas a minha posição era defesa-central, como sabes.  Depois o convite acaba por surgir e não tive dúvidas em aceitá-lo. A primeira temporada foi mais complicada, mas depois chega o Mundial de 1994 e as coisas mudaram muito para mim [Suécia fica em 3.º lugar e Patrik Andersson é totalista na equipa nos sete jogos].

Bola na Rede: Antecipaste-te aí um pouco, mas vamos por esse caminho. O Mundial de 1994 é, certamente, inesquecível para ti. Apesar de ter ficado em terceiro lugar, confessa-nos: chegaram a sonhar com algo mais?

Patrik Anderson: Nessa época havia duas equipas de topo na Suécia: o Malmo FF, que até foi treinado pelo Roy Hodgson, e o IFK Goteborg, que tinha boas prestações na Liga dos Campeões. Muitos dos jogadores já estavam a um nível muito bom e com experiência a jogarem juntos durante algum tempo. Tivemos os Jogos Olímpicos [1992, Barcelona] e depois aproveitámos o balanço e ganhámos experiência para estarmos ao mais alto nível no Mundial. Sabíamos que tínhamos muito bons jogadores e que estavam a ser importantes nos respetivos clubes, por exemplo o Martin Dhalin, o Kennet Andersson… (pausa) E, claro, o Jonas Thern e o Stefan Schwarz, que estiveram no SL Benfica nessa altura. Nós sabíamos que podíamos competir contra todas as equipas e que era muito difícil baterem-nos ou marcarem-nos golos.

Bola na Rede: Só o Brasil o conseguiu…

Patrik Anderson: Infelizmente, tivemos de jogar contra o Brasil… duas vezes (risos). Conseguimos um empate na fase de grupos, mas depois nas meias-finais eles provaram que estavam noutro nível (1-0, golo de Romário aos 80′). Era o Brasil e ainda tivemos de jogar com dez jogadores (Jonas Thern expulso aos 63′). Mas sentimos que ganhámos algo.

Mário Cagica Oliveira
Mário Cagica Oliveirahttp://www.bolanarede.pt
O Mário é o fundador do Bola na Rede, professor universitário e comentador de Desporto na DAZN Portugal e Rádio Observador. Vive o Desporto 24/7 e tem em José Mourinho a sua referência.

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