Sevilla F.C.: Sampaoli dá asas ao sonho andaluz

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    Sampaoli cria, os jogadores realizam, os adeptos sonham. É por aqui que este texto começa. E provavelmente, acaba. Mas já lá vamos, caro leitor

    Quando Unai Emery foi anunciado como novo técnico do PSG, muitas dúvidas se levantaram sobre a questão da sucessão do comando técnica do Sevilla. O agora treinador do campeão francês, conseguiu vencer três ligas europas consecutivas (!) ao leme do clube andaluz e deixou um legado difícil de igualar. Jorge Sampaoli, o apaixonante treinador argentino foi o escolhido para a sucessão e depressa o legado de Unai Emery caiu no esquecimento.

    O ex-selecionador do Chile comprometeu-se a montar uma equipa capaz de ombrear lado a lado com os principais emblemas espanhóis e de fazer uma boa prestação na Champions – um dos calcanhares de aquiles das equipas de Unai Emery -, e as expectativas não têm sido defraudadas.

    Sampaoli montou uma equipa à sua maneira. Intensa, criativa e tecnicista. Potenciou bons jogadores que já lá estavam – N’Zonzi à cabeça – e recrutou jogadores capazes de assimilar com facilidade as suas ideias. Resultado? Intérpretes perfeitos para a ideia que o treinador argentino pretende.

    O Sevilla tornou-se, então, sinónimo de mais vitórias e, acima de tudo, futebol de alto quilate. A equipa do português Daniel Carriço é, sem dúvida, das equipas mais entusiasmantes do futebol europeu. Praticam um futebol de alta intensidade, com muita criatividade e mobilidade ofensiva, e defensivamente, através de uma linha defensiva muito alta e de uma pressão altíssima, chegam asfixiar para os adversários. Uma equipa à Sampaoli, portanto.

    Sampaoli conseguiu "congelar" euforia merengue Fonte: Sevilla F.C.
    Sampaoli conseguiu “congelar” euforia merengue
    Fonte: Sevilla F.C.

    No entanto, há um factor ainda mais importante do que tudo isto – o Sánchez Pizjuán. Os adeptos do Sevilla sempre foram conhecidos por, provavelmente, serem os mais fervorosos de Espanha, mas esta época, o nível tem aumentado. Em cada partida disputada em casa parece que os comandados de Jorge Sampaoli já entram a vencer por 1-0, tal é a efervescência nas bancadas. Prova disso foi o último jogo, em que os Sevillistas venceram o líder Real Madrid e acabaram com a invencibilidade do clube blanco de quarenta partidas sem conhecer o sabor da derrota. A equipa perdia por uma bola a zero nos último minutos, conseguiu empatar e, já nos descontos, com um ambiente incrível nas bancadas, Jovetic consumou a reviravolta. Um resultado que catapultou definitivamente o Sevilla para outro nível, isolando-se no segundo lugar a apenas um ponto do líder, embora a equipa de Zidane ainda tenha um jogo em atraso.

    Nem mesmo as mais mentes positivas imaginariam que o Sevilla chegaria a esta altura da época nos oitavos-de-final da Champions League – realizou uma fase de grupos tranquila e vai defrontar o Leicester nos oitavos – e na luta pelo título espanhol, estando inclusivamente à frente do todo poderoso Barcelona.

    Com o caso do Atlético de Madrid ainda tão presente na memória, é difícil para os mais românticos dos adeptos de futebol não imaginar um Sevilla campeão espanhol esta época. Seja como for, Sampaoli e o Sevilla estão a escrever uma página bonita do futebol europeu e prometem não ficar por aqui. Com um treinador apaixonante, um plantel recheado de bons jogadores e uns adeptos sem igual, sonhar faz mesmo parte do dicionário do clube. Afinal, Sampaoli cria, os jogadores realizam, os adeptos sonham.

    Foto de capa: Sevilla F.C.

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    Rafael Simões
    Rafael Simõeshttp://www.bolanarede.pt
    Adepto de bom futebol, adora o jogo desde que se lembra de ser gente. Estudante de Comunicação Social, é capaz de passar horas a fio a devorar futebol, considerando-se um romântico do desporto rei. Recusa-se a discutir arbitragens e simpatiza com o Liverpool, muito por culpa da lenda do clube, Steven Gerrard. Espera um dia ser jornalista desportivo e olha para o futebol como uma arte que embeleza a vida.                                                                                                                                                 O Rafael escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.