FC Barcelona 1-1 SSC Napoli: Napolitanos não vão além do empate em Camp Nou

    A CRÓNICA: CATALÃES CHEIOS DE GARRA TRAVAM ITALIANOS

    Nos últimos anos, os duelos entre FC Barcelona e SSC Napoli tornaram-se um clássico do futebol europeu, oferecendo-nos grandes emoções e batalhas épicas no terreno de jogo. Desta vez, as duas equipas lutaram no playoff que garantirá a uma das duas equipas o apuramento para os oitavos de final da Liga Europa.

    Como era expectável, o jogo foi muito disputado, sobretudo nas laterais, onde o Barcelona mandou, sobretudo no segundo tempo, com Ferran Torres e Jordi Alba. O Napoli, do outro lado, jogou um bom primeiro tempo, ordenado, inteligente, e valorizado pelo golo de Zielinski, mas depois sofreu pesadamente no segundo, devido às ideias e à posse de bola dos catalães.

    Logo no início, o Barcelona começou a pressionar em todo campo adversário, tanto que, aos cinco minutos, Pedri tentou o primeiro remate no limite da grande área, mas a bola passou sobre a baliza.

    A primeira concreta ação ofensiva do Napoli chegou só aos 22 minutos: Zielinski desceu o corredor esquerdo, cruzando para Osimhen, que de primeira rematou forte e forçou Ter Stegen a uma boa intervenção.

    Quase na passagem da meia hora, o Barcelona teve uma nova oportunidade ofensiva por intermédio de Ferran Torres, que tentou finalizar um cruzamento de Aubameyang; a bola passou ligeiramente ao lado.

    Nem houve tempo de respirar, que logo do outro lado o plantel napolitano conseguiu mexer no marcador: cruzamento de Elmas, do lado direito para a grande área, a buscar Zielinski, que teve que rematar duas vezes para conseguir castigar Ter Stegen.

    No regresso ao relvado, os catalães voltaram ainda mais furiosos e concentrados, conseguindo gerir melhor a posse da bola e impondo o próprio ritmo de jogo até o fim.

    Aos 58 minutos, um toque com a mão de Juan Jesus na grande área levou o arbitro a conceder um penálti para o Barcelona; Ferran Torres rematou lindamente, voltando a empatar a partida.

    No decorrer do jogo, foi visível a perda de concentração do Napoli e a passagem a um jogo mais defensivo, escolha inevitável vista a insistência dos espanhóis em furar o corredor esquerdo azul. Do outro lado, foi igualmente claro que a equipa de Xavi ia ganhando confiança e, consequentemente, gerava ações perigosas, que apesar dos esforços, não se traduziram em golos.

    Agora, resta esperar só mais uma semana para saber qual destas duas equipas irá seguir em frente na Liga Europa.

     

    A FIGURA

    ZielinskiO médio polaco realizou uma ótima partida no meio-campo, tendo um bom entendimento com Elmas e Insigne e garantindo também um grande trabalho de contenção, na fase defensiva. Tentou, várias vezes, furar centralmente a defesa catalã e foi seu o golo que colocou o Napoli em vantagem, mantendo em alta as esperanças napolitanas para a segunda mão, daqui a uma semana.

     

    O FORA DE JOGO

    Aubameyang – Dos três recém-chegados no mercado de janeiro, o jogador gabonês foi o menos incisivo e que pouco brilhou na fase ofensiva da equipa catalã. Quase nunca criou ou contribuiu em ocasiões para os colegas da linha de frente. Certamente estávamos à espera de algo melhor de um jogador experiente como ele, mas no fundo a sua prestação não influenciou a boa partida do Barcelona.

     

    ANÁLISE TÁTICA – FC BARCELONA

    Xavi orientou a equipa no terreno de jogo num 4-3-3 muito ofensivo, vista a presença de Traoré, Aubameyang e Ferran Torres na linha de frente. O primeiro foi autor de muitas incursões e cruzamentos na lateral direita. O jovem Torres evidenciou-se mais no segundo tempo, quando, juntamente com Jordi Alba, tornou o jogo num pesadelo para a defesa do Napoli, que se desgastou muito em tentar conter a pressão catalã naquele lado.

    Aubameyang foi, de facto, a grande desilusão do dia na frente de ataque, visto que não contribuiu como esperado na ação ofensiva.

    No meio-campo, de Jong e Pedri chamaram Fabian Ruiz e Anguissa a um trabalho suplementar, tanto que o jogador espanhol do Napoli saiu do campo exausto.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Ter Stegen (6)

     Mingueza (5)

     Piqué (6)

    Garcia (6)

    Jordi Alba (6)

    Nico Gonzalez (6)

    de Jong (6)

    Pedri (6)

     Traoré (6)

    Aubameyang (5)

    Ferran Torres (6)

    SUBS UTILIZADOS

    Gavi (6)

    Dembélé (6)

    Busquets (6)

    Dest (6)

    de Jong (6)

     

    ANÁLISE TÁTICA – SSC NAPOLI

    Luciano Spalletti orientou a equipa para um clássico 4-2-3-1, com o reencontrado Osimhen como ponta-de-lança, apoiado pelo trio Insigne-Elmas-Zieliski. O capitão napolitano, sobretudo, fez um grande jogo de contenção no meio-campo, deixando nas mãos dos outros dois a tarefa de apoiar o mais possível o nigeriano. Foi, de facto, o eixo Elmas-Zieliski a construir a ação do golo napolitano no primeiro tempo.

    Destacamos pela positiva a ótima partida de Fabián Ruiz, que fez-se encontrar sempre pronto e reativo nos duelos com de Jong. Pela negativa, Juan Jesus, que ofereceu “de bandeja” o golo do empate ao Barcelona.

    Toda a reta-guarda azul sofreu (e não pouco) com o pressing da equipa da casa, mas o que foi mais preocupante foram os erros de atenção ou de ligeireza, que frente a uma equipa como aquela de Xavi, podiam ainda mais ter influenciado negativamente o resultado final.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Meret (6)

    Di Lorenzo (6)

    Rrahmani (5)

    Koulibaly (6)

    Jesus (5)

    Fabián Ruiz (6)

    Anguissa (6)

    Elmas (6)

    Zielinski (6)

    Insigne (6)

    Osimhen (5)

    SUBS UTILIZADOS

    Ounas (5)

    Mertens (5)

    Demme (5)

    Malcuit (5)

    Mário Rui (5)

     

    Rescaldo da opinião de Paola Amore.

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