SC Braga 0-1 The Rangers FC: De nada valeu São Matheus

    A CRÓNICA: INCAPACIDADE CRIATIVA CUSTOU CARO

    Após a derrota por 2-3 na Escócia, o SC Braga recebia o The Rangers FC com boas perspetivas de passar à próxima fase da prova e até entrou melhor, assumindo o controlo do jogo durante todo o primeiro tempo.

    Ainda assim, mesmo estando por cima, não conseguia ultrapassar a bem organizada defensiva azul e até ficaram para os visitantes as primeiras grandes ocasiões de golo. Aos 10’, um dois para um em contra-ataque parecia destinado a dar em golo, mas uma intervenção de excelência de Matheus evitou que assim fosse.

    McGregor também teve direito a uma grande defesa aos 25’, mas o momento do primeiro tempo ficaria para os 45’, quando Raul dominou a bola com o braço dentro da sua própria área. A grande penalidade foi cobrada por Hagi, que estava a ser um dos melhores em campo, mas nem este foi capaz de levar a melhor sobre um Matheus impressionante.

    No segundo tempo, os da casa continuaram com mais bola, mas foi novamente o Rangers a surgir na cara do golo e, desta feita, Ryan Kent rematou em jeito sem hipóteses para Matheus. Mesmo com alterações táticas que o colocaram a jogar com excesso de avançados, o Braga pouco criava e só ameaçou a baliza adversária num cabeceamento de Paulinho que acabou ligeiramente por cima.

    Nos últimos minutos, o Rangers ainda voltou a estar perto do golo. Num canto, Matheus fez nova defesa assombrosa e a recarga que entrou para as redes estava fora-de-jogo. Não contou o golo, mas também não era preciso. Com uma irrepreensível exibição defensiva, o The Rangers FC aguentou o forte e segue para a próxima ronda, deixando pelo caminho os Guerreiros do Minho, que ficaram pela primeira vez em branco desde que são comandados por Ruben Amorim.

     

    A FIGURA

    Fonte: SC Braga

    Matheus – Três intervenções milagrosas – uma logo aos dez minutos, a defesa do penálti aos 45’ e mais outra já com os minhotos a perder – mantiveram o Braga na luta pela vitória, mas acabaram por de nada servir.

     

    O FORA DE JOGO

    Fonte: SC Braga

    Raul Silva – Longe de ser o patrão da defesa de outros tempos, apareceu desastrado e sem capacidade para lidar com Hagi. O penálti acabou por ser o golpe máximo de (mais) uma exibição para esquecer.

     

    ANÁLISE TÁTICA – SC BRAGA

    Mantendo o já habitual esquema de 3-4-3, Rúben Amorim apresentou um onze semelhante ao esperado, apenas com a nota de figurar Trincão no trio da frente, ao invés de Galeno ou Abel Ruiz. Com um jogo baseado bastante na construção a partir da defesa, deixou a nu as diferenças entre Esgaio e Sequeira, com o segundo a ser incapaz de fazer a ligação defesa-ataque da mesma forma que Esgaio, causando dificuldades na criação de perigo pelo lado esquerdo. Em busca de inverter o resultado da eliminatória, no início do segundo tempo, Novais foi a jogo e Galeno substituiu Raul, dando maior pendor ofensivo e reorganizando a equipa num 4-2-3-1. Após sofrer o golo, abdicou de mais um central para lançar Ruiz e retomou o sistema inicial, mas de forma muito mais arriscada, com um central e dois laterais no setor mais recuado.

     

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Matheus (8)

    Esgaio (6)

    Raul Silva (3)

    Carmo (4)

    Bruno Viana (5)

    Sequeira (4)

    Palhinha (5)

    Fransérgio (6)

    Trincão (6)

    Paulinho (6)

    Ricardo Horta (5)

    SUBS UTILIZADOS

    Novais (4)

    Galeno (4)

    Abel Ruiz (4)

     

    ANÁLISE TÁTICA – THE RANGERS FC

    Organizados num 4-3-3 bastante tradicional, os escoceses mostraram uma postura conservadora defensivamente, garantindo sempre que havia jogadores recuados suficientes para não correr riscos perante as investidas do tridente ofensivo arsenalista. Se o meio-campo ia sendo muitas vezes dominado por um Braga mais numeroso graças à postura de Esgaio e Sequeira, no ataque a história era outra, com o conjunto britânico a cair bastante para o lado direito de forma a aproveitar o génio de Hagi, ajudado a espaços por Tavernier, para expor as limitações defensivas do Braga.

     

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    McGregor (7)

    Barisic (6)

    Edmunson (6)

    Goldson (6)

    Tavernier (7)

    Jack (6)

    Davis (6)

    Arfield (6)

    Kent (6)

    Kamberi (6)

    Hagi (7)

    SUBS UTILIZADOS

    Aribo (4)

    Ojo (-)

     

    BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

    The Rangers FC

    O BnR não pôde colocar perguntas ao treinador do Rangers FC, Steven Gerrard.

    Outras declarações:

    «Quando jogas contra adversários de alto nível, não dá para contar com individualidades. Todos os cinco da linha defensiva estiveram excelentes».

    «[sobre Edmundson] Só há uma maneira de um jogador ganhar experiência europeia. A certo ponto, um treinador tem de ter a confiança de colocar o jogador em campo, seja qual for o desafio pela frente. E ele esteve à altura».

    «Estou muito feliz por ele [Karembi]. Jogar e substituir o Alfredo [Morelos] não é fácil. Primeiro, dizer que ele mereceu e que estou muito satisfeito com a exibição dele».

    «Não julgo o Ryan [Kent] pelos números dele, julgo-o pelo que ele faz pela equipa, com posse e sem posse. Vai haver alturas em que as pessoas não vão estar felizes com ele, mas isso faz parte de jogar num clube de topo. Algumas das opiniões que tenho lido ultimamente não são justas. Kent é um jogador de topo».

     

    SC Braga

    O BnR não pôde colocar perguntas ao treinador do SC Braga, Micael Sequeira.

    Outras declarações:

    «Fomos à procura de criar espaços, tivemos grande domínio, mas faltou-nos criar espaço no último terço para ter oportunidades de finalização».

    «O Rangers foi muito eficiente hoje. Baixou as linhas e criou-nos dificuldades».

    «Estamos orgulhosos da campanha que fizemos, contribuímos muito para o ranking de Portugal».

     

    Foto de Capa: SC Braga

    Artigo revisto por Diogo Teixeira

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