Naquela que foi uma bela tarde de futebol em Wembley, Chelsea e Manchester United disputaram a final da Taça de Inglaterra em busca de um troféu que pudesse, em parte, salvar a época. Conte e Mourinho apresentaram os XI,s iniciais a que estamos habituados e o único motivo de destaque neste capítulo foi a ausência de Lukaku, que iniciou a partida no banco.
A primeira parte ilustrou na perfeição a ideia de que as finais são sempre jogos fechados e pouco emotivos. Foi um primeiro tempo praticamente sem história, sem jogadas rápidas, lances de desequilíbrio onde se registaram duas oportunidades e um golo.
Apesar desta tendência apática que o jogo assumiu, os blues estiveram ligeiramente por cima, foram os primeiros a criar perigo junto da baliza adversária e adiantaram-se mesmo no marcador. Primeiramente, Hazard ameaçou aos 9 minutos num lance que já lhe é conhecido: fintou um adversário, fletiu para dentro e rematou forte à baliza do United, mas De Gea correspondeu com uma boa defesa com a perna. A seguir à ameaça veio a confirmação e de uma forma que a final da Taça de Inglaterra já não assistia há 15 anos, uma grande penalidade. O autor da falta foi Phil Jones, que com uma entrada imprudente rasteirou, já dentro de área, Hazard que vinha a alta velocidade. O belga foi chamado à linha de 11 metros e concretizou, colocando assim a sua equipa em vantagem.
O Manchester United não soube responder devidamente ao golo consentido e a única oportunidade que conseguiu criar na primeira parte deu-se já em período de compensação com Jones a cabecear perto do poste direito da baliza de Courtois.
Os jogadores regressaram dos balneários com outra atitude, sobretudo os reds devils e o jogo ficou substancialmente mais interessante! José Mourinho mostrou todo o seu valor ao corrigir alguns problemas táticos do seu conjunto e em mexer corretamente na equipa, o que proporcionou ao Manchester United o controlo total do jogo e, por diversos momentos, um domínio completo sobre o Chelsea.
É correto afirmar que o United teve uma panóplia de oportunidades para desfazer a desvantagem e, pelo menos, alcançar o empate: Rashford com um remate fortíssimo dentro da área logo nos instantes iniciais; um golo anulado aos 62 minutos, onde após uma excelente defesa do guardião do Chelsea, Sanchez marcou em posição irregular; aos 71, Rashford perde novamente para Courtois pois tentou de picar a bola sobre o belga mas esta foi barrada pela gigantesca mancha do guarda-redes e, naquele que foi o último lance no qual o United tentou o empate, Pogba completamente sozinho dentro da área falhou de forma inacreditável o golo.
Conte conseguiu sair vencedor desta final, onde reinou a palavra “eficácia”, com um primeiro tempo consistente e um segundo em que os seus jogadores souberam sofrer e assim ofereceu ao Chelsea a oitava Taça de Inglaterra da sua história.
Foto de capa: Manchester United FC