Já aqui confessei a minha paixão pela Juventus. Não é difícil perceber, portanto, que tive uma semana bastante feliz. Desde que o Inter conquistou a Liga dos Campeões, com José Mourinho, que o futebol italiano não tinha um representante sério nas competições europeias. Esse futebol altamente estereotipado está de volta aos grandes palcos, às grandes finais e à grande glória. E com ele, a Juve.
Não vou voltar a escrever sobre o porquê de esta Juventus estar onde está: Allegri construiu um futebol fluido, descomplicado, rápido e assente na organização de Vidal e Pirlo e no talento individual de Pogba e Morata. Vou antes falar sobre o pulmão destes bianconeros. Homem que só conheceu esta paixão, que vibra com as mais banais vitórias como se se tratassem de finais, que defende a Juve (literalmente) até ao último fôlego: Gianluigi Buffon.
Trinta e sete anos. Melhor jogador em campo numa meia-final da Champions. Decisivo. Impenetrável. Doador de confiança. Melhor guarda-redes dos últimos 10 anos. Claro que me delicio com a juventude de Neuer, os rasgos de Casillas e que ainda me lembro do poderio de Oliver Kahn. Mas Buffon sempre foi o meu guarda-redes preferido. E mostrou, mais uma vez, que continua em forma e com ganas de conquistar o título que lhe tem fugido. Foi ele que não conseguiu defender o penálti que deu a Champions ao Milan em 2003, e talvez por isso a responsabilidade lhe pese nos ombros. A Juventus corre nas veias deste homem, e isso ficou bem visível quando festejou o golo decisivo de Morata na passada quarta-feira.
Buffon quer levantar um troféu que nunca conquistou Fonte: Facebook da Juventus
Voltando à vecchia signora, esta tem vindo a ser alvo de um enorme descrédito desde o início da temporada. As previsões são quase sempre negativas, o favoritismo sempre oferecido ao oponente, e a equipa italiana é permanentemente vista como o “elo mais fraco”. E mesmo depois dos “prognósticos no fim do jogo” (bendito João Pinto), a grande maioria dos comentadores continuava céptica e receosa quanto às futuras partidas. Sorte, erros dos árbitros ou fraqueza do adversário, tudo valia para desvalorizar a campanha europeia da Juventus.
Chegada a final, chegado o Barcelona, voltam a surgir os típicos comentários: “o Barcelona já ganhou”, “a final está decidida”, “não têm hipótese”. Diziam o mesmo aquando do Dortmund, Mónaco e Real Madrid. Curioso. A Juve tem qualidade para se bater com o Barça e, mesmo que não alcance a vitória, tem mais que motivos para celebrar. Com o título italiano garantido, na final da Liga dos Campeões e da Taça de Itália, corre o glorioso risco de ser a melhor equipa do ano. Buffon, Pogba, Pirlo, Morata, Vidal, Tévez e companhia: contamos convosco.
A Juventus está na final da Liga dos Campeões. E as finais jogam-se com duas equipas.
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