Aos 36 anos de idade, do alto dos seus 1,93 metros de altura, Luca Toni vive um dos momentos mais fulgurantes da sua já extensa carreira. Depois de uma ascensão meteórica, que o fez brilhar na Fiorentina (onde foi Bota de Ouro), ser campeão do Mundo pela Selecção italiana e jogar na primeira equipa do Bayern Munique, o avançado atravessou um período menos conseguido, para voltar agora a ser decisivo com a camisola do Hellas Verona.
Toni tem feito jus ao número nove que enverga na camisola do Hellas. Com 13 golos marcados no campeonato, é o terceiro melhor marcador da prova, tendo marcado em seis dos últimos oito jogos que realizou. A pontaria afinada do jogador transalpino tem sido fundamental para a equipa de Verona, que ocupa a sexta posição da Serie A, num ano em que regressou à primeira divisão do futebol italiano. Com sensivelmente um terço de campeonato já disputado, o Hellas Verona está na luta pelo último lugar de acesso à Liga Europa, ao mesmo tempo que vê o seu grande rival, Chievo, numa tentativa desesperada de evitar a despromoção.
O habitual 4-3-3 do Hellas, escalonado por Andrea Mandrolini, contempla o sérvio Jankovic e o tão nosso conhecido Iturbe na frente de ataque, no auxílio a Luca Toni. Tanto Jankovic como o argentino, emprestado pelo Futebol Clube do Porto, têm sido decisivos no excelente aproveitamento do camisola nove do Hellas.
Sem ser um jogador veloz, e com uma capacidade para ocupar espaços fora da área muito discutível, Luca Toni vale, essencialmente, pelo seu sentido posicional acima da média e pela capacidade de finalização. Faz parte daquele grupo de avançados de que muitos adeptos não gostam, porque o acham demasiado lento e desenquadrado com as dinâmicas da equipa, mas a capacidade goleadora acima da média permite que outros tantos adeptos vejam nele uma pedra fundamental.
Fora da selecção desde 2009, quando jogou a qualificação para o Mundial da África do Sul, Toni promete fazer ainda muitos golos em solo italiano, juntando a isso o seu festejo tão característico, durante o qual faz um gesto com a mão direita junto ao ouvido.
Já se sabe que em Itália os veteranos e experientes jogadores são mais valorizados do que em outras paragens, pelo que a carreira do avançado nascido em Pavullo Nel Frignano tem tudo para perdurar mais umas épocas.