Paulo Fonseca: O retrato do novo imperador romano

    O mérito traz recompensa e no mundo futebol isso não é exceção.

    Paulo Alexandre Rodrigues Fonseca tem dado provas da sua qualidade e na próxima temporada irá comandar o AS Roma, um histórico do futebol mundial.

    Paulo Fonseca após terminar a sua discreta carreira como jogador no Estrela da Amadora, deixou os relvados para se sentar no banco de suplentes e logo na época seguinte assumiu o cargo de treinador dos juniores do Estrela. No seu percurso seguiram-se as aventuras nas equipas principais do 1º Dezembro e do Odivelas.

    No começo da sua escalada pelo futebol profissional, Paulo Fonseca deus os primeiros passos na terceira divisão, na qual durante duas épocas representou o Pinhalnovense em 2011 chega ao Desportivo das Aves que militava na Segunda Liga Portuguesa, não alcançando a promoção por apenas dois pontos.

    O Aves não subiu, mas o seu treinador sim.  Contratado pelo Paços de Ferreira, Paulo Fonseca fez história no clube da capital do móvel com o feito extraordinário de acabar o campeonato em terceiro lugar, numa posição que até valeu disputar o playoff de acesso à Liga dos Campeões.

    O técnico natural do Barreiro deixou, portanto bem patente todo seu valor na temporada 2014/2015 e dando continuidade à sua ascensão, rumou à cidade invicta para comandar o FC Porto, atingindo assim o expoente máximo do futebol português.

    Contudo, a passagem no Dragão não foi de sucesso e com um 3º lugar distanciado por 13 pontos do campeão Benfica, Paulo Fonseca abandonou o Porto e regresso a Paços de Ferreira, afirmando na altura que: “Por vezes, é necessário dar um passo atrás para dar dois para a frente”.

    Embora não repetisse a campanha histórica de 2012, dois anos depois Paulo Fonseca não devolveu o pódio ao Paços, mas conseguiu fazer uma época tranquila, garantindo o principal objetivo de assegurar a manutenção no principal escalão.

    A promessa de que ia dar dois passos em frente realmente aconteceu: depois do regresso à Mata Real, Fonseca rumou a Braga por uma época e depois aventurou-se pela primeira vez no estrangeiro.

    Fonte: Shakhtar Donetsk

    Fonseca chegou ao Shakthar em 2016 e numa liga que não prima propriamente pelo equilíbrio, o treinador do melhor clube ucraniano da atualidade tinha de se superiorizar ao Dínamo de Kiev e fazer o clube regressar à rota dos títulos.

    Três anos depois, Paulo Fonseca tornou o Shakthar tricampeão ucraniano e conquistou igualmente todas as Taças da Ucrânia, juntando ainda uma supertaça. Além de recuperar a hegemonia nacional, o treinador português promoveu ainda um bom futebol com um estilo de jogo atrativo, o que se revelou importante nas competições europeias nas quais deixou uma boa imagem.

    A boa campanha na Ucrânia valeu a Paulo Fonseca a distinção como um treinador de qualidade. A passagem pelo Shakthar foi uma boa rampa de lançamento para ficar reconhecido pelo seu bom trabalho no contexto do futebol europeu.

    No início desta semana foi confirmado o principal rumor acerca do treinador e Paulo Fonseca vai mesmo treinar os giallorossi na próxima temporada. Logicamente naquele que é o panorama do futebol italiano, a AS Roma não coloca o objetivo para 2020 na conquista do título de campeão nacional, mas certamente exigirá qualificação na Liga dos Campeões, algo que não aconteceu este ano.

    Assim sendo, Paulo Fonseca já deu início à pré-temporada e ambiciona títulos, mas acima de tudo deseja ver as suas ideias implementadas e promete futebol de qualidade.

    Os ferozes adeptos da AS Roma gostaram certamente desta decisão da direção do clube, dado o desagrado com a prestação de Eusebio Di Francesco, e Paulo Fonseca é um treinador bem à altura do desafio que o espera.

    Foto de Capa: AS Roma

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    Gonçalo Miguel Santos
    Gonçalo Miguel Santoshttp://www.bolanarede.pt
    Ainda era caracterizado com um diminutivo e sentado ao lado do seu pai, já vibrava com o futebol, entusiasmado e de olhos colados na televisão à espera dos golos. O menino cresceu e com o tamanho veio o gosto pela escrita e o seu sentido crítico.                                                                                                                                                 O Gonçalo não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.