Manchester United: Venha daí 2017/18

    Cabeçalho Liga Inglesa

    O Manchester United, mal Ferguson saiu, perdeu todo o brilho. Como é possivel? Uma equipa que em todo o século XXI figurou no mais elevado patamar de equipas da europa, um autêntico “tubarão”. Á imagem do seu então carismático técnico, detinha uma reputação absolutamente abismal. Com centenas de milhares de sócios espalhados pelo mundo, devido ao seu estilo de jogo e mística, a última que contemplava toda a essência do desporto rei. Para mim, o estilo que caracterizava o grande Manchester United da primeira década deste milénio era bastante apreciado pelos espetadores, tal como todo o futebol praticado na Premier League. Jogos marcantes, que ficam para sempre guardados na memória dos amantes deste desporto. Jogos intensos, tão apaixonantes ao ponto de fazer com que o espetador aguente o “chichi” até ao final, por não querer perder nem 1 segundo da partida. Felizmente temos o Youtube, uma plataforma de facílimo acesso que nos permite recordar esses tempos… E vale sempre a pena recordar, embora na vida seja melhor olhar em frente e não se prender ao passado. Coisa que Mourinho faz.

    Confesso que, embora em ano de estreia, esperava uma melhor prestação a nível de qualidade futebolística. Achei a maior parte dos jogos do United um tanto cinzentos, sem primor. E os resultados espelham bem isso, determinando o número de empates obtidos, que foram muitos tendo em conta as aspirações do clube. Contudo, a análise global que faço à temporada realizada pelos ingleses, permite-me concluir que o trabalho foi positivo. Mas atenção: o United não disputou a Liga dos Campeões, participou numa competição europeia de nível inferior, o que retira uma condicionante bem importante, na avaliação que se dá a uma equipa. Então uma equipa como esta, que quando aparece inserida na lista de emblemas da Liga Europa, automaticamente é apontada como a equipa mais provável de conquistar o título. E foi o que se sucedeu, curiosamente.

    Como disse acima, o que se sucedeu já lá vai, agora segue-se uma nova oportunidade para José Mourinho. Em função do crédito que tem enquanto treinador, acredito que se espera uma grande campanha. As já habituais cogitações de mercado de transferências que nos chegam através dos media, remetem para grandes alvos na mira dos “Red Devils”. Mas é a mesma estória todos os anos. Mesmo sabendo disso, ao tratar-se de uma fase muito obscura, isto atendendo ao passado recente da equipa, julgo que as eventuais entradas e saídas no emblema inglês, mas principalmente as entradas, vão ser muito interessantes e objeto de discussão. Até ao momento, entrou Victor Lindelof.

    Lindelof já é reforço Fonte: Sport24.gr
    Lindelof já é reforço
    Fonte: Sport24.gr

    Além do sueco, de muitos outros se fala e vai falando, como podendo vir a ser um próximo reforço, nomeadamente Alvaro Morata, que juntando ao facto do Real Madrid, atual clube do avançado, ter pretensões na contratação de De Gea, todo o “gossip” instado pela Comunicação Social ganha fundamento, e parece muito bem ser um negócio que, ao ser fechado, beneficia ambas as partes. Kylian Mbappé, Gianluigi Donnarumma, Renato Sanches, Fabinho, Ivan Perisic são jogadores que já foram referenciados como possíveis contratações.

    Ao olhar para o Manchester de Sir Alex Ferguson, noto que não rebentavam tamanhas bombas de mercado por parte do clube. Víamos jogadores formados no clube (Gary Neville, Scholes, Nicky Butt, Ryan Giggs, David Beckam); pechinchas encontradas nas equipas menos grandes do campeonato inglês (Wayne Rooney, Berbatov, Ferdinand) ;ou então jogadores menos cotados mas que assentavam muito bem na equipa (Park Ji Sung, Patrice Evra, Vidic).

    Ferguson com alguns jogadores da formação Fonte: Sport24.gr
    Ferguson com Giggs, Butt, Beckham, os irmãos Neville e Scholes
    Fonte: Sport24.gr

    Embora o futebol hoje em dia seja diferente, e que as movimentações constantes de jogadores sejam absolutamente naturais, há que levantar a ideia de que uma equipa não pode só ser constituída por estrelas. Por exemplo, sem desprezar a qualidade do jogador, no ano passado o Man. United gastou grande parte do seu astronómico orçamento em Pogba. Apesar de acreditar que o médio irá ser uma das figuras da próxima temporada, penso que a ideia deveria ser montar uma equipa com 11 jogadores com funções específicas, de modo a produzir um melhor futebol, com maior rigor tático, melhores níveis de decisão, um grau de entendimento e entrosamento de excelência, promover o espírito de sacrifício em prol de um todo; e não um grupo de vedetas, que só se preocupa consigo mesmo, e caso não concorde com alguma questão técnica por parte do seu treinador, ligue de imediato ao seu agente a queixar-se e querer ir embora. Quanto a isto, penso que José Mourinho sabe fazer frente a estas situações, e depois das experiências que teve em Madrid e na sua última passagem em Londres, está extremamente capaz de assegurar a estabilidade e consistência da equipa.

    Quer queiramos quer não, este tipo de contrapartidas é uma situação bem comum nos dias que correm. Portanto, como apreciador do Manchester United “vintage”, espero que na próxima temporada recordemos essa equipa, sejam quem forem os escolhidos para integrar o plantel. As segundas épocas de Mourinho costumam dar que falar, portanto depois de um primeiro ano de experiência, de adaptação no histórico inglês, as expetativas só poderiam ser as melhores.

    Foto de Capa: therepublikofmancunia

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    Diogo Fresco
    Diogo Frescohttp://www.bolanarede.pt
    Fã de um futebol que, julga, não voltará a ver, interessa-se por praticamente tudo o que envolve este desporto, dando larga preferência ao que ocorre dentro das quatro linhas. Vibra bastante com a Seleção Portuguesa de Futebol.                                                                                                                                                 O Diogo escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.