Felizmente, casos como o do Leicester City ainda vão alimentando o romantismo no futebol, mas são apenas exceções que confirmam a regra: o dinheiro é o principal determinante do sucesso de uma equipa de futebol.
Para cada clube, comparei os custos de aquisição do plantel (segundo dados do CIES – Football Observatory) com a pontuação alcançada no campeonato. Tive, naturalmente, em conta as diferenças entre países. Por exemplo, o plantel do Leicester (72 M €) custou mais do que o do Marselha (61 M €), mas, enquanto o campeão inglês tem o quarto plantel mais barato da Premier League, o Marselha tem o terceiro mais caro em França [ver notas técnicas no final]. Assim, calculei a pontuação esperada de cada clube, dado o custo do seu plantel, para saber quais foram as maiores surpresas e maiores desilusões da época nos cinco principais campeonatos da Europa. (O CIES só apresenta dados sobre as Ligas Espanhola, Inglesa, Alemã, Italiana e Francesa). As conclusões são interessantes, ainda que nem sempre surpreendentes.
O dinheiro manda no futebol. Já o sabíamos e é isso que nos dizem os resultados dos 98 clubes destas ligas. A correlação entre investimento no plantel e pontos conquistados é altíssima: 74%. Os países onde há um líder mais claro em termos de orçamento são França, Alemanha e Itália e, sem surpresa, esse líder ganhou confortavelmente. O Paris Saint-Germain é a equipa com maior investimento relativamente às restantes equipas do seu campeonato, o seu investimento está mais do que quatro desvios padrões acima da média das equipas da Ligue 1 e, por isso, foi campeão com 31 pontos de vantagem. O Bayern teve o campeonato sempre controlado e a Juventus, mesmo com um arranque mau, ainda foi a tempo de ganhar à vontade. Em Espanha, o plantel do Real custou bastante mais do que o do Barcelona, que foi o campeão, mas o Barça venceu por apenas um ponto e há que ter em conta que o plantel dos catalães é mais barato porque conta com jogadores como Messi, Iniesta ou Busquets, que não exigiram nenhum investimento (na aquisição do passe). Em Inglaterra sim, houve uma grande surpresa e nem foi só pelo Leicester. Arsenal e Tottenham também ficaram acima do previsto já que os orçamentos maiores são os dos dois clubes de Manchester e do Chelsea.
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Se os passes de letra existissem literalmente, o Eduardo talvez tivesse dado jogador de futebol. Assim, limita-se às reviengas literárias. A viver em Barcelona, tem vista privilegiada para a melhor liga do mundo.
O Eduardo escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.