Chelsea FC 0–0 (5-6 g.p.) Liverpool FC: E vão duas para os Reds!

     A CRÓNICA: A FOME NÃO É NEGRA, É VERMELHA

    O Liverpool FC continua a saciar a fome de títulos que tem apresentado esta época, arrecadando o segundo troféu da temporada, ao bater o Chelsea FC nos penáltis na final da Taça de Inglaterra. O nulo enganador obrigou a uma reedição do duelo dos 11 metros entre os dois clubes que já haviam dessa forma decidido o vencedor da Taça da Liga inglesa.

    O jogo começou às 16h45, mas o Chelsea FC só apareceu para lá das 17h. Felizmente para os Blues, chegaram a tempo. O período em que o Liverpool FC praticamente jogou sozinho não produziu nada de palpável e, quando os londrinos começaram a equilibrar as forças, o resultado ainda era  nulo. Era também nulo o resultado ao cabo de uns primeiros 45 minutos sem oportunidades flagrantes, apesar da existência pontual de aproximações a cada uma das balizas.

    O início do segundo tempo foi quase antagónico do período homólogo da primeira metade. O Chelsea FC apareceu determinado a chegar à vantagem e viu mesmo Marcos Alonso atirar à trave num livre em posição lateral, ainda dentro dos cinco minutos primeiros. À semelhança dos Blues no primeiro tempo, também o Liverpool FC foi capaz de equilibrar as forças na segunda parte.

    Dentro dos dez minutos terminais, os Reds apertaram e ameaçaram em catadupa, com Luis Díaz a acertar com o esférico no poste esquerdo e Robertson a acertar no poste direito da baliza de Mendy. Não foram capazes de desfazer o nulo, todavia, e o prolongamento tornou-se uma inevitabilidade. O prolongamento seguiu a linha do tempo regulamentar: qualidade, intensidade (menor por força do cansaço) e uma insistente ausência de golos.

    Foi necessário recorrer ao último recurso – os penaltis. Aí, o Liverpool FC levou a melhor e ergueu o mais antigo e um dos mais prestigiados troféus do Futebol Mundial.

    A FIGURA

     

    Luis Díaz – Podia ser Mané, mas o colombiano conseguiu ser ainda mais perigoso e acutilante do que o senegalês, enquanto esteve em campo. Num jogo muito equilibrado e sem protagonistas que se distinguissem (quer pela positiva, quer pela negativa), o “23” dos Reds acabou por ser o mais mexido, mais desiquilibrador e mais perigoso dos intervenientes.

    O FORA DE JOGO

    Falta de golos: foi uma final plena de intensidade e equilíbrio, estando longe de se tratar de um jogo de nulo aborrecedor. Antes pelo contrário, foi uma partida com emoção e motivos de interesse a toda a linha. Faltou apenas e só o produto mais relevante da indústria futebolística: o golo.  

    ANÁLISE TÁTICA – Chelsea FC

    Os Blues apresentaram-se num 3-5-1-1, com Pulisic nas imediações de Lukaku e com Mason Mount próximo de Jorginho e Kovacic, mas um pouco mais solto. Chalobah atuou como central mais à direita no trio de centrais do Chelsea FC, tendo sentido muitas dificuldades para conter a vertigem e o ímpeto de Andrew Robertson e Luis Díaz.

    Os pupilos de Tuchel optaram por pressionar alto, tentando inibir a construção dos Reds logo na primeira fase, quando possível. Não tinham qualquer pudor, no entanto, em usar de um bloco baixo e compacto quando a isso eram obrigados.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Mendy (6)

    Reece James (7)

    Chalobah (6)

    Thiago Silva (7)

    Rudiger (7)

    Marcos Alonso (6)

    Jorginho (7)

    Kovacic (6)

    Mason Mount (6)

    Pulisic (7)

    Lukaku (5)

    SUBS UTILIZADOS

    Kanté (6)

    Ziyech (5)

    Loftus-Cheek (5)

    Azpilicueta (5)

    Ross Barkley (-)

    ANÁLISE TÁTICA – Liverpool FC

    O Liverpool FC não fugiu ao seu 4-3-3, com Sadio Mané como homem mais centralizado do trio atacante. No miolo, Henderson era, por uma questão de características, o homem do equilíbrio defensivo, com Thiago e Keita muito mais vocacionados para a vertente ofensiva do jogo dos Reds.

    Na construção, os dois centrais faziam acompanhar-se sobretudo de Robertson, tendo Alexander-Arnold ordem para subir mais e até para se imiscuir no corredor central, como já vem sendo habitual em certos períodos dos jogos da turma de Klopp. A defender, o Liverpool FC não se afastou dos seus pergaminhos e pressionou muito alto e com grande intensidade.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Alisson (6)

    Alexander-Arnold (7)

    Konaté (6)

    Van Dijk (7)

    Robertson (7)

    Henderson (7)

    Thiago (6)

    Keita (6)

    Salah (5)

    Mané (8)

    Luis Díaz (8)

    SUBS UTILIZADOS

    Diogo Jota (6)

    James Milner (5)

    Matip (5)

    Firmino (5)

    Tsimikas (-)

    Artigo revisto por Joana Mendes

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    Márcio Francisco Paiva
    Márcio Francisco Paivahttp://www.bolanarede.pt
    O desporto bem praticado fascina-o, o jornalismo bem feito extasia-o. É apaixonado (ou doente, se quiserem, é quase igual – um apaixonado apenas comete mais loucuras) pelo SL Benfica e por tudo o que envolve o clube: modalidades, futebol de formação, futebol sénior. Por ser fascinado por desporto bem praticado, segue com especial atenção a NBA, a Premier League, os majors de Snooker, os Grand Slams de ténis, o campeonato espanhol de futsal e diversas competições europeias e mundiais de futebol e futsal. Quando está aborrecido, vê qualquer desporto. Quando está mesmo, mesmo aborrecido, pratica desporto. Sozinho. E perde.