Superliga Europeia | A competição que (quase) ninguém quer

    O FUTEBOL DEPENDE DA UEFA PARA COMBATER OS MAIS RICOS?

    No meio de tudo isto, algo de bom. A tantas vezes malograda UEFA tomou uma posição e ameaçou com medidas duras para as equipas que participem na Superliga Europeia. Para além de ações judiciais, o organismo que rege o futebol europeu prometeu impedir os clubes de competir noutras competições e os seus jogadores de serem chamados à seleção. Claro que a UEFA sabe que perderá muito dinheiro caso esta competição siga em frente e não age por pura defesa do futebol.

    De resto, o novo formato da Liga dos Campeões, previsto já para 2024, não difere assim tanto dos moldes desta nova Liga. Pode-se até dizer que é uma “Champions” mascarada de Superliga. O objetivo é juntar 36 clubes numa mesma tabela classificativa, sendo que todos disputam dez jogos. No final, as oito melhores seguem para os oitavas-de-final de forma direta, enquanto os clubes entre o 9º e o 24º lugar disputam um playoff de acesso a esses mesmo “oitavos”. Ao fim de contas, seriam 225 jogos no total.

    No entanto, a nova Liga dos Campeões vai continuar a aberta a todos os países da Europa e o mérito desportivo vai continuar a ser o principal critério para a qualificação. Uma competição mais comercial, mas que pelo menos mantém os valores que todos reconhecemos ao desporto.

    Não deixa de ser algo irónico que a única hipótese para combater uma péssima ideia seja apenas uma ideia menos má. Mas, dadas as circunstâncias, parece mesmo que a UEFA é a última barreira institucional à criação da Superliga.

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    Vasco Borges
    Vasco Borgeshttp://www.bolanarede.pt
    Frequentador de estádios e consumidor de bifanas desde os 5, aprendeu cedo que é melhor a ver do que a jogar futebol. Aos 22, estuda Jornalismo e vai escrevendo sobre os jogos que valem o preço do bilhete e as estórias que só se ouvem no bar, ao intervalo.                                                                                                                                                 O Vasco escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.