À conquista da Coreia: Portugal e o Mundial de sub-20

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    É já no próximo dia 20 de Maio que se vai dar início a mais uma edição do Mundial de sub-20, competição que o Bola na Rede irá acompanhar atentamente com rescaldos dos jogos da nossa seleção e prestando especial atenção aos jovens valores que se irão projetar. Portugal tenta conquistar pela terceira vez esta prova, tentando destronar a Sérvia, que na última edição ganhou ao Brasil, na final.

    Emílio Peixe, homem que vai comandar os pupilos portugueses na armada na Ásia, já decidiu quais os jogadores que irá levar consigo para a Coreia. A surpresa recaiu, sobretudo, na aposta em jogadores muito jovens.

    Fica claro que esta geração de 1999 é muito forte e Emílio Peixe decidiu chamar vários jogadores com tenra idade, como são os casos de Dalot, defesa direito do Porto, que conta com 18 anos; Gedson Fernandes, médio centro do Benfica, que conta com 18 anos; Florentino Luís, médio centro do Benfica, com 17 anos; Miguel Luís, médio centro do Sporting, com 18 anos; Luís Maximiano, guarda-redes do Sporting, com 18 anos; e José Gomes, avançado do Benfica, com 18 anos. Estes jogadores irão juntar-se a outros mais experientes, como Pedro Rodrigues, Rúben Dias, Bruno Xadas, Alexandre Silva e Francisco Ferreira.

    É de destacar também o facto de apenas três jogadores convocados não serem provenientes dos três grandes do futebol nacional. Há uma nota constante de que quase todos estes jogadores já tiveram a oportunidade de se estrearem nas equipas Bês dos seus clubes, o que também será determinante para o Mundial, visto que a maturidade e o equilíbrio emocional são preponderantes em competições como esta.

    Do lado dos não convocados, há que dar destaque a alguns nomes que, por diferentes motivos, não foram chamados para a competição. Rúben Neves, Renato Sanches, João Carvalho e Rui Pedro, Heriberto e Moreto Cassamá são provavelmente as maiores desilusões, para os adeptos, no que diz respeito a esta convocatória.

    Os dois primeiros não foram convocados por estarem num patamar superior aos restantes e também por poderem ingressar na equipa que irá disputar o Europeu de sub-21, tal como acontece com João Carvalho, que tem ganho o seu lugar no Vitória de Setúbal. Mais surpreendente é a não inclusão dos últimos três nomes na convocatória.

    Rui Pedro, avançado que esta época deambulou entre os júniores do Porto, a equipa B e a equipa principal, foi um dos destaques desta temporada e deveria ter estado na convocatória, mesmo com a sua tenra idade. Heriberto, extremo formado no Sporting e que esta temporada tem jogado pela equipa B do Benfica, tem sido um dos destaques da segunda liga. Já conta com 13 golos e tem surgido como um nome a ter em conta por parte do universo encarnado nas próximas temporadas. Moreto Cassamá, médio ofensivo dos dragões, tem estado em destaque durante a temporada e tem sido fundamental na equipa de júniores do Porto, sobretudo com a criatividade e a velocidade que empresta ao seu jogo. Apesar disso, há que confiar no trabalho de Emílio Peixe, que já deu mostras da sua mais valia e que certamente terá pensado nos jogadores citados.

    Quanto ao Mundial propriamente dito, Portugal está inserido no grupo C, juntamente com a Costa Rica, o Irão e a Zâmbia. Portugal é claramente favorito a passar o grupo. A seleção das quinas é superior, individualmente, a qualquer uma das três seleções.

     Depois da final atingida em 2011, na Colômbia, Portugal tenta, desta vez, trazer para casa o "caneco" Fonte: Blogue Azul Borbense
    Depois da final atingida em 2011, na Colômbia, Portugal tenta, desta vez, trazer para casa o “caneco”
    Fonte: Blogue Azul Borbense

    Apesar disso, há que ter em conta que, contra estas seleções de menor nomeada, todos os cuidados são poucos. A Costa Rica nos últimos anos tem dado maior importância às camadas jovens do país, no que toca ao Irão fica a promessa de se assistir a uma equipa irregular mas que no capítulo ofensivo poderá surpreender a da Zâmbia. Há a promessa sobretudo de uma equipa irreverente.

    Quanto aos candidatos à vitória final, Portugal deverá estar incluído num lote de equipas como a Alemanha, França e a Argentina. Em relação às participações no Mundial, é curioso o facto de as duas finalistas da edição anterior não estarem presentes na prova: Sérvia e Brasil.

    Também curiosa é a participação de algumas seleções com pouca expressão no futebol mundial, como é o caso de Vanuatu e do Vietname, equipas que vão aproveitar a competição para tentar expor a sua formação e lançar jovens jogadores para a grande montra do futebol mundial.

    Espera-se que Portugal consiga, pelo menos, atingir os quartos de final da prova. Portugal, nos últimos anos, tem dado mostras de que tem trabalhado muito bem a formação mas tem faltado sempre aquele último clique.

    No ano passado foi dado o clique com a conquista do Europeu sub-17 e com o Euro 2016 em séniores. Resta saber se nas restantes camadas jovens também irá haver a possibilidade de festejar títulos. Matéria prima é o que não falta.

    São muitos os jovens com potencial nesta competição que irão estar desejosos de brilhar mas há outros factores a ter em conta. O factor emocional, a maturidade e o respeito pelas outras seleções será fundamental na prova, o factor sorte, neste caso nos sorteios, caso Portugal passe a fase de grupos, também será preponderante, e para isso temos o exemplo máximo do último Europeu.

    Foto de Capa: FIFA

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    Emanuel Melo
    Emanuel Melohttp://www.bolanarede.pt
    O Emanuel está no terceiro ano da licenciatura em Comunicação Social e Cultura. Vem da terra do Pauleta, das paisagens deslumbrantes e do queijo Terra Nostra. Gosta de ver a Premier League e espera um dia poder vir a ser relatador de futebol.                                                                                                                                                 O Emanuel escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.