As 3 principais lacunas a colmatar na seleção nacional

    1.


    Ponta de Lança – Não tem sido fácil encontrar um avançado mais de referência. Com isto, não me refiro apenas a um jogador forte fisicamente que tenha capacidade de receber bolas a partir de cruzamentos e alheando-se a grande parte do jogo da equipa. Refiro-me, de facto, a uma presença física mais notável, mas que seja um jogador participativo e que sirva de referência em bolas mais longas e que permita à equipa ganhar fôlego em jogos de maior aperto.

    As experiências de André Silva, Éder ou Gonçalo Paciência pela seleção foram, para já, efémeras. Neste momento, a aposta parece ser Paulinho, um jogador bem mais requintado do que qualquer um dos referidos, mas que pode servir como essa referência. Rui Jorge, nos sub-21, está a arranjar uma solução para essa brecha. Dany Mota, que o selecionador das esperanças desencantou em Itália, e Rafael Leão podem estar na calha para desempenhar o papel (que na seleção A tem sido secundário).

    Quando não se tem cão caça-se com gato e Fernando Santos tem fugido muito bem ao problema, apostando numa frente de ataque móvel, com dois ou três jogadores, e dotada de uma grande liberdade de movimentos no espaço ofensivo. Nas grandes competições ou nos jogos frente a equipas igualmente poderosas, a falta de um “9” pode fazer-se sentir. Não deixa de ser irónico que tenha sido um jogador deste tipo a dar a maior alegria a Portugal.

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    Francisco Grácio Martins
    Francisco Grácio Martinshttp://www.bolanarede.pt
    Em criança, recreava-se com a bola nos pés. Hoje, escreve sobre quem realmente faz magia com ela. Detém um incessante gosto por ouvir os protagonistas e uma grande curiosidade pelas histórias que contam. É licenciado em Jornalismo e Comunicação pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e frequenta o Mestrado em Jornalismo da Escola Superior de Comunicação Social.