O regresso da Seleção portuguesa a Alvalade correu mal. A Seleção comandada por Jorge Mendes, desculpem, por Paulo Bento, empatou hoje com a Seleção de Israel, num jogo em que, apesar de os jogadores não terem estado bem, houve quase a certeza de que Portugal iria ganhar. O pior veio a cinco minutos do final: Rui Patrício fez um mau passe e Ben-Basat fez a igualdade a um golo para os israelitas. Apesar de tudo, não é justo culpabilizar totalmente o guarda-redes, já que a exibição global foi péssima.
Analisando o onze que Portugal utilizou hoje, destaca-se a titularidade de André Almeida, em vez de Cédric Soares, e de Ricardo Costa, no lugar de Neto. Esta primeira escolha vai ao encontro do que quase todos os portugueses, pelo menos os sportinguistas, já esperavam, pois é algo que já se tornou habitual por parte de Paulo Bento. Apesar de o lateral direito não saber cruzar na defesa, ele não comprometeu muito, principalmente na primeira parte. No meio campo, Rúben Micael foi a nódoa habitual: bom jogador para clubes de média e pequena dimensão, faz-me lembrar o Clayton, jogador brasileiro que a meio da temporada 99/00 colocou os três grandes a disputar a sua contratação ao Santa Clara – o Porto foi quem o contratou e depois disso o jogador desapareceu. Na frente de ataque jogou Hugo Almeida, que mostrou hoje mais uma vez que, apesar da sua altura, cabecear não é com ele. Nani foi outro jogador que pouco fez em campo, tendo apostado no chamado brinca na areia: queria fintar tudo e todos, mas acabava quase sempre por perder a bola.
De resto, não houve nenhum jogador que se tenha destacado pela positiva. Cristiano Ronaldo esteve algo desaparecido do jogo. Sendo um jogador tão influente, notou-se logo a diferença e a equipa mostrou alguma desorganização tática.
Mas a desorganização não aconteceu só dentro de campo. O próprio speaker, aquando do golo de Portugal, anunciou que o mesmo tinha sido marcado por Pepe, quando na verdade tinha sido concretizado por Ricardo Costa, que, a meu ver, fez uma boa exibição.
O ambiente no estádio foi como o jogo: fraco. O público na primeira parte ainda puxou pela equipa, mas na segunda metade foi adormecendo, acordando apenas com o golo sofrido. Apesar disso, posso garantir que eram todos bons portugueses, já que a grande maioria entrou já com o jogo a decorrer (aos 25 minutos ainda havia gente a entrar). A culpa não foi da organização, uma vez que a entrada decorreu de forma rápida. Tratou-se apenas da mania portuguesa de nunca chegar a horas a nada.
O jogo apenas valeu para Portugal garantir a presença nos Playoff, já que o primeiro lugar no grupo é quase impossível de alcançar.
Nota final ainda para o afastamento de Ronaldo e Pepe do jogo frente ao Luxemburgo, por terem visto amarelo. Para os seus lugares foram chamados Bruma e Rolando. É a estreia do luso-guineense na seleção “A” portugesa.