FRANÇA
A França considerava-se favorita e não deixou que o estatuto lhe pesasse os ombros. Foi para cima de Portugal com a força de uma missão a cumprir. Uma vitória para dar a um povo que há 16 nada conquistava e que já se habituara a festejar quano o certame era por si organizado. Griezmann, Pogba, Payet e companhia não podiam ficar atrás de heróis como Zidane, Petit e Henry (1998 e 2000) ou Tigana, Platini e Girésse (1984).
Sissoko esteve em noite fantástica, galgando o meio-campo português sem pedir licença (tapado que estava, Pogba, devidamente vigiado por Adrien), sendo a acção do médio do Newcastle o principal ponto de desequilíbrio entre as duas equipas. Entregando-se ao jogo com um sentido posicional notável e uma agressividade incrível.
Portugal pareceu acabrunhado no início do encontro, mas isso foi-se diluindo com o passar do tempo, assim como a influência de Sissoko no jogo, acertado o posicionamento táctico português.

Fonte: UEFA
O segundo tempo trouxe uma França igualmente perigosa e desejosa de dar ao seu povo aquilo a que ele está habituado, mas desta vez a barreira portuguesa adensara-se e era mais difícil penetrá-la. Entrou Coman, um jogador de rasgos, um “furador”, saiu Payet, um homem do passe, mais cerebral. E o jogo agitou, com várias iniciativas do jogador da Juventus a dar esperanças aos gauleses de que a bola, mais tarde ou mais cedo, entraria. Não entrou, e Deschamps decidiu refrescar o ataque. Gignac entrou para dentro de campo com a missão devidamente estudada, e aproveitando o cansaço português para dar mais largura ao ataque francês, arrastando, consigo, marcações, o que permitiu potenciar os rasgos de Coman, sem que, porém, perdesse o sentido de baliza… o problema é que esse estava demasiado apurado e atirou ao poste na maior oportunidade de perigo de que dispôs a França.
O jogo foi para prolongamento e os franceses pareceram frustrados com o desfecho dos últimos minutos do tempo regulamentar, criando menos, ainda que a isso não tenha estado alheia a sua menor capacidade física, até pelo dia a menos de descanso.
Portugal ia ganhando mais bolas no meio-campo francês, como que avisando para o perigo que representava… e não foi por falta de aviso que os franceses sofreram o golo de Éder. O tal que deitou por terra toda a ilusão gaulesa.
Notas aos jogadores:
Lloris – 6
Sagna – 5
Koscielny – 5
Umtiti – 5
Evra – 5
Pogba – 4
Matuidi – 5
Sissoko – 7
Payet – 6
Griezmann – 6
Giroud – 4
Coman – 6
Gignac – 6
Martial – Sem tempo