Roberto Martínez | Quem é o selecionador que colocou a Bélgica no topo do ranking da FIFA?

    A espera para descobrir quem será o próximo selecionador das quinas terminou. O escolhido pela federação portuguesa de futebol é o espanhol, de 49 anos, Roberto Martínez. Numa primeira instância jogador, depois treinador e agora selecionador, a História do espanhol no universo do desporto rei é digna de ser observada e analisada.

    Começou a sua carreira no mundo do futebol como jogador, atuando principalmente como médio. Formado pelo Real Zaragoza, apenas disputou um jogo na equipa principal. Transferiu-se aos 21 anos para o CF Balaguer, clube da sua terra natal, onde apenas permaneceu uma temporada. Foi no início da época 1995/1996 que a sua carreira começou a ganhar estabilidade, após a sua mudança para o Reino Unido e para o Wigan Athletic FC.

    A sua mudança para o Wigan, na altura a jogar na quarta divisão do futebol inglês, deveu-se à compra do clube britânico pelo milionário Dave Whelan, que teria um ambicioso projeto de colocar os Latics na Premier League. Seis temporadas depois, Roberto Martínez tinha-se tornado um símbolo do clube, conseguindo uma promoção para a terceira divisão e conquistado um EFL Trophy. A sua caminhada como jogador nas terras de sua majestade viu-o, ainda, representar o escocês Motherwell FC, o Walsall FC, o Swansea City AFC do País de Gales e ainda uma breve passagem no Chester FC, onde terminaria mesmo a carreira como jogador para rumar à equipa técnica do Swansea.

    Como bom médio espanhol transformado em treinador, a sua abordagem ao desporto rei, é inspirada no futebol de posse catalão de raízes neerlandesas. Invoca-se, claro, a genialidade de Johan Cruijff. Visto como um ser vindo de algum local muito longe, para Roberto Martínez, Cruijff é o responsável pela personalidade das equipas do espanhol. Praticando um futebol de posse e vantagem numérica auxiliado pelo critério individual dos seus jogadores.

    Foi no Swansea City que Roberto Martínez começou a plantar as sementes do seu sucesso como treinador. Após duas temporadas e meia como treinador principal dos Swans (treinador-jogador numa fase inicial), era impossível ignorar o espanhol. Num curto espaço de tempo foi campeão da League One e garantiu a subida dos gauleses ao Championship.

    O seu sucesso em Gales não passou despercebido a Dave Whelan, que, após concretizar a subida do Wigan à Premier League em 2005, era em 2009 um regular participante do principal escalão do futebol inglês. Whelan operou o regresso de Martínez aos Latics, desta vez como treinador. O retorno de Martínez resultou num período de quatro anos consistentes, que culminariam com a conquista da FA Cup contra o Manchester City FC, numa temporada onde não conseguiram garantir a manutenção na Premier League.

    O sucesso do espanhol estava demasiado aceso para um regresso ao Championship e rapidamente surgiu o Everton FC, na temporada 2013/2014, onde substitui David Moyes, que estava de saída para o Manchester United FC. Na sua primeira temporada nos Toffees, apagou qualquer dúvida em relação à sua qualidade na sucessão ao escocês. Terminou em quinto na Premier League, batendo o recorde de pontos do clube de Liverpool (72 pontos). Sucederam-se mais dois anos ao serviço do Everton, que terminaram no despedimento, em 2016.

    O euro 2016 fica na memória dos portugueses como o ponto final na História do “quase”, que já assombrava a seleção portuguesa há largos anos. No caso de Roberto Martínez ficou na memória pela má prestação belga, que resultou no despedimento do selecionador. Vaga que foi oferecida ao ex-treinador dos Toffees.

    Roberto Martínez agarrou na seleção belga e ficou com ouro na mão. O plantel belga transpirava nomes sonantes do futebol mundial e nas posições em que parecia mais enfraquecida, os clubes belgas, faziam questão de revelar jovens promessas entusiasmantes quase todas as temporadas. Foram sete os anos que esteve à frente da seleção dos diabos vermelhos. Neste tempo alcançou um terceiro lugar no Mundial da Russia em 2018, os quartos-de-final no Euro 2020 e o terceiro lugar do grupo no Mundial do Catar em 2022. Colocou ainda a Bélgica no primeiro lugar do ranking da FIFA durante aproximadamente quatro anos.

    Após o Mundial do Catar e da fraca prestação da Bélgica na prova, Roberto Martínez, teve o seu contrato terminado. Assume agora a função do selecionador português, com a coincidência de também encontrar a “geração de ouro” portuguesa. A sua forma de abordar o jogo, preferencialmente em 3-4-3 ou 3-4-2-1, dá asas aos jogadores criativos do meio-campo e ataque. Posições em que a seleção portuguesa está muito bem nutrida de opções.

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