Os 5 jogadores que mais brilharam na dupla jornada europeia de seleções

    Bernardo Silva (Portugal) 

    Mais do que pelo resultado, os jogos de Portugal nesta jornada de seleções interessavam pela perspetiva de um novo caminho iniciado com Roberto Martínez ao leme do barco português. Sistema tático, ideias de jogo e papel dos diferentes jogadores no desenho da equipa foram assim pontos basilares na análise dos encontros de Portugal contra Liechtenstein e Luxemburgo.

    A principal novidade, mais do que os três centrais – previsíveis tendo em conta a convocatória e o historial de Roberto Martínez – foi o papel de Bernardo Silva. Uma das incógnitas num meio-campo a dois era a conjugação de Bruno Fernandes e Bernardo Silva, ambos habituados ao corredor central, entretanto descortinada. Bruno Fernandes é o segundo médio, num papel semelhante ao que Kevin de Bruyne chegou a desempenhar na Bélgica, jogando a maior parte do tempo de frente para o jogo.

    Bernardo Silva jogou assim como um dos jogadores no apoio ao ponta-de-lança. Se à partida para esta jornada de seleções se perspetivava como mais um jogador entrelinhas, atuando preferencialmente por dentro, a verdade – e novidade – é que Bernardo Silva atuou praticamente como extremo-direito, partindo de fora para dentro. Não é uma novidade na carreira do criativo, mas é um regresso ao passado que pretende fomentar dinâmicas no corredor direito português, permitindo ao lateral – Cancelo no primeiro jogo, Dalot no segundo – alterar os movimentos, quer por fora, quer por dentro e a Bruno Fernandes aparecer perto da grande área, local onde pode marcar diferenças pela capacidade de passe e remate.

    Quanto a Bernardo Silva foi encarado por Roberto Martínez como um desequilibrador, capaz de partir para cima do adversário no 1X1 e, de fora para dentro, ativar o pé esquerdo quer com um passe para a linha, quer com um cruzamento para a área. Contra o Liechenstein marcou numa jogada com intervenção dos três mosqueteiros da direita – Cancelo, Bruno e Bernardo, pois claro – e contra o Luxemburgo foi fundamental nos três primeiros golos portugueses. Nos dois primeiros desequilibra de fora para dentro (encontrando Bruno Fernandes no vértice da área no primeiro, cruzando com o pé esquerdo no segundo) e no terceiro colocando o nome na lista dos marcadores com um cabeceamento nada habitual.

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