Relativamente ao Peru merece o meu destaque neste artigo por três motivos.
O primeiro, por que desde a CA de 2001 que têm chegado sempre aos quartos-de-final. São já cinco edições a surpreender. Nas últimas duas chegaram ao 3º lugar. Feitos incríveis quando comparamos o Peru com as maiores valências futebolísticas da América.
Em segundo, a diferença de resultados entre o desempenho desta seleção em fases de apuramento para Mundiais e as fases finais da Copa América. Dá a ideia de que o Peru é uma equipa que nasceu com mentalidade competitiva que se transcende apenas em competições de curta duração.
Por último, contradizendo todas as aspirações manifestadas pelo Peru nas Copas Américas anteriores, a ausência de muitos jogadores influentes da equipa – no que têm sido os jogos de qualificação para o Mundial de 2018. O selecionador Argentino Ricardo Garega irá dar preferência aos jogadores jovens e menos conhecidos para dispustar esta competição, assumidamente, não prioritária para o Peru. Assim, praticamente uma equipa de pesos pesados de fora: Claudio Pizarro (Werder Bremen); Juan Vargas (Bétis); Jefferson Farfán (Al Jazira); Carlos Zambrano (Eintracht); Carlos Ascues (Wolfsburgo); Luis Advíncula (Newell’s); André Carrillo (Benfica); Yordy Reina (Red Bull Salzburgo); Josepmir Ballón e Carlos Lobatón (ambos do Sp. Cristal).
Apenas 5 jogadores dos 11 mais utilizados no apuramento para o Mundial estarão presentes nesta Copa América Centenário: o Guarda-Redes Pedro Gallese (Juan Aurich); Yoshimar Totún (Malmo); a jovem promessa Renato Tapia (Feyenoord); e as estrelas deste elenco Christian Cueva (Toluca) e Paolo Guerrero (Flamengo). Será sem dúvida uma prova de análise individual para o selecionador, que contará com as jovens promessas Beto da Silva (18, PSV), Andy Polo (21, Universitario), Cristian Benavente (22, Charleroi) e o, já referido, Renato Tapia (20, Feyenoord).
O Peru será uma caixinha de surpresas a todos os níveis!