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O RESCALDO
Este era provavelmente o jogo menos esperado do dia. Chile e Austrália fechavam o segundo dia da competição e a primeira jornada do grupo B. Os chilenos, para poderem confirmar a sua condição de seleção que pode surpreender e ultrapassar a fase de grupos, estavam forçados a vencer este jogo, contra a equipa mais fraca do grupo, e assim o fizeram. Entraram melhor, com dois golos quase seguidos, aos 12 e 14 minutos (Alexis Sanchez e Jorge Valdivia foram os marcadores dos tentos) da primeira parte, que deram uma confiança à formação da América do Sul que lhe permitiu ir controlando o jogo como bem pretendia. Parecia que o jogo iria ter contornos de goleada, mas um golo de Tim Cahill – de longe o melhor jogador da equipa da Oceania -, aos 35 minutos, mudou tudo. A partir daí, os Socceroos começaram a aparecer mais no jogo.
Na segunda parte, o jogo ficou mais aberto, e ambas as equipas procuraram o golo. A Austrália é uma seleção com muita entrega, mas a qualidade da maioria dos seus jogadores não permite que consigam um resultado melhor do que o que aquele que iam tendo. Logo no início, os australianos empataram, mas o golo foi bem anulado. Apesar de terem a bola, os australianos nunca conseguiam saber o que fazer com ela, criando poucas oportunidades – sendo que as poucas que tinham eram com base em cruzamentos para a área que se mostravam pouco efetivos. O Chile controlava o jogo, esperando que a defesa da Austrália se abrisse para dar o golpe final. O tal golo tranquilizante apareceu ao minuto 92; Jean Beausejour, com um forte remate fora da área, deu cabo das aspirações dos Socceroos de ganhar o jogo.
No final, o resultado de 3-1 é pesado para os australianos mas justo para os chilenos, que são premiados pela forte entrada que tiveram no jogo. A Austrália bateu-se bem, mostrou ser uma equipa esforçada, mas fica a ideia de que, se soubessem o que fazer com a bola, o resultado poderia ter sido outro. É importante ainda destacar Cahill; o australiano marcou pelo terceiro mundial consecutivo, tornando-se o primeiro jogador daquele país a atingir este feito; com este golo também pode dizer que já marcou nos seis continentes onde existe futebol.
Falando agora da arbitragem, ao fim de quatro jogos pode dizer-se que houve um jogo sem casos, algo grave tendo em conta que estamos a falar da maior competição do mundo e onde supostamente estão reunidos os melhores árbitros do mundo.
Dia 18 (quarta-feira) vai jogar-se um dos jogos mais decisivos desta fase de grupos, quando a Espanha defrontar o Chile. Neste jogo vamos saber se a campeã do mundo fica pela fase de grupos ou não. A formação da América do Sul promete dar luta à Espanha e será sem dúvida um jogo muito interessante de se seguir.
A Figura
Alexis Sanchez – Marcou e teve sempre presente no ataque chileno. Foi uma autêntica dor de cabeça para os australianos. É o melhor jogador chileno e, apesar de ter boa companhia no ataque, o Chile vai depender sempre da sua inspiração para poder pensar em voos mais altos.
O Fora de jogo
Ataque australiano – Como já referido, a Austrália poderia ter feito mais quando partia para o ataque. Foi o ponto fraco desta seleção e que de certa forma contribuiu para a derrota.