Antevisão Taça Asiática 2023 | Japão quer conquistar o título que lhe escapa há uma década

    A ANTEVISÃO: CATAR COM POUCA PROBABILIDADE DE FAZER A ‘DOBRADINHA’ APESAR DE JOGAR EM CASA

    O apito inicial para o pontapé de saída da 18.ª edição da Taça Asiática está prestes a acontecer. Realizada no Catar, cujo país vai defender o título conquistado em 2019, entre 12 de janeiro e 10 de fevereiro, 24 países vão participar na prova que reúne as melhores seleções da Confederação Asiática de Futebol.

    A competição, inicialmente, não era para ser disputada no país que organizou o mais recente Mundial de Futebol. O primeiro anfitrião do torneio foi a China, cujo país tinha vencido o concurso em 2019, e seria realizado em 2023. No entanto, em maio de 2022, a Confederação Asiática de Futebol decidiu retirar a organização à China por causa da situação da pandemia de COVID-19 no país e das regras rigorosas implementadas no combate contra o vírus pelo governo chinês. Por isso, surgiu uma segunda votação. Em outubro de 2022, foi anunciado que o Catar seria o novo organizador da prova, adiando a realização da mesma para o início de 2024.

    O torneio vai ocorrer num período em que o futebol europeu está a acontecer. Desta forma, há jogadores que se ausentaram dos clubes para ter a oportunidade de participar na competição mais prestigiada do futebol asiático.

    SEIS CANDIDATOS AO TÍTULO

    O Catar vai defender o título em casa e conta com a luta de cinco fortes candidatos pelo troféu mais importante da Confederação Asiática de Futebol. Austrália, Arábia Saudita, Coreia do Sul, Irão e Japão são as nações que não vão facilitar a vida aos cataris. Há uma linha que separa estes seis países dos restantes. Entre os seis candidatos, o Japão e a Coreia do Sul estão na linha da frente na luta pelo título, com uma ligeira vantagem para os japoneses.

    Os nipónicos estão numa grande forma, com 10 vitórias e 45 golos marcados nos últimos 10 jogos. Querem vencer um título que não vencem desde 2011, curiosamente, realizado no Catar. Hajime Morayasu, selecionador do Japão, já tinha dado bons indicadores no Mundial de Futebol 2022 de que os japoneses estão preparados para voar alto. Conta com jogadores como Hidemasa Morita, Kaouri Mitoma, Wataru Endo e Takefusa Kubo para alcançar o objetivo: conquistar o inédito quinto troféu na competição.

    A Coreia do Sul, liderada pelo alemão Jurgen Klinsmann, quer vencer um título que escapa desde 1960, numa época em que apenas participavam quatro seleções na Taça Asiática. Desde então, a República da Coreia perdeu quatro finais (1972, 1980, 1988 e 2015), tornando-se na seleção com mais derrotas no jogo decisivo do histórico torneio. Son Heung-min, Kim Min-jae, Hwang Hee-chan e Lee Kang-in são alguns dos jogadores quequerem quebrar a “maldição” que dura há 64 anos.

    QUATRO “SUBSTITUIÇÕES” EM RELAÇÃO À ÚLTIMA EDIÇÃO

    Quatro anos se passaram desde a última Taça Asiática. No entanto, quase nada mudou.Das 34 seleções que participaram em 2019, apenas quatro países não estarão presentes no Catar: Coreia do Norte, as Filipinas, Iémen e Turquemenistão.

    A Coreia do Norte não participou na qualificação para a Taça Asiática 2023 devido ao “desaparecimento” da seleção após o começo da pandemia de covid-19 e as sanções implementadas pela ONU ao país, entretanto voltaram a competir em novembro de 2023. As Filipinas e o Iémen, que estrearam-se na competição em 2019, estavam no mesmo grupo na terceira fase de apuramento para 2023 e ficaram pelo caminho. Curiosamente, apesar de as Filipinas terem ficado em segundo lugar, falharam o acesso por terem sido o pior segundo classificado de todos os grupos. Por fim, o Turquemenistão também ficou pelo caminho na terceira fase de qualificação, atrás do Barém e da “substituta” Malásia.

    Honk Kong, Indonésia e Tajiquistão são as três seleções que se juntam à Malásia na “troca” com Coreia do Norte, Filipinas, Iémen e Turquemenistão. Há três seleções que não participam na fase final do torneio há alguns anos e uma que vai participar pela primeira vez.

    A única nação que faz a estreia na competição é o Tajiquistão, que ficou no topo do Grupo F na terceira fase de apuramento. O Honk Kong e a Indonésia regressam à fase final do torneio após uma ausência de 17 anos. Na altura, em 2007, ambos os países – juntamente com a Tailandia e o Vietname – organizaram a competição. A propósito, a Indonésia teve a pior caminhada de todas as 24 seleções presentes no torneio: antes de participar na terceira fase de apuramento, passou pelo ‘playoff’ por ter sido uma das quatro piores seleções na fase de grupos da primeira fase de qualificação. Por último, é a primeira participação de Honk Kong na Taça Asiática desde 1968, ou seja, não disputa a fase final do torneio desde a terceira edição.

    PORTUGAL ESTÁ REPRESENTADO NO TORNEIO

    O “Zé Povinho” está representado na Taça Asiática 2023. Paulo Bento,selecionador dos Emirados Árabes Unidos, é o único treinador português presente na competição. Assumiu o cargo deixado por Rodolfo Arruabarrena, que garantiu o apuramento dos EAU para a prova.

    Paulo Bento poderia ter a companhia de dois colegas portugueses no torneio, Carlos Queiroz e Hélio Sousa. Ambos os treinadores não vão estar presentes na competição, mas por motivos diferentes.

    Carlos Queiroz, que particpou nas últimas duas edições da Taça Asiática no comando técnico do Irão, era o selecionador do Catar desde fevereiro de 2023. Inicialmente, o treinador português ficaria à frente do comando técnico dos cataris até ao Mundial de 2026. No entanto, no último mês, a Associação Catari de Futebol despediu Carlos Queiroz, justificando a decisão por considerar que o desempenho da seleção tem ficado aquém das expectativas – quatro vitórias em 12 jogos. Foi substituído por Tintín Márquez.

    Hélio Sousa, ao contrário de Carlos Queiroz, saiu do comando técnico do Bahrein quando o seu contrato chegou ao fim, em julho de 2023. Com o apuramento garantido para esta competição antes de sair do cargo, Hélio Sousa foi substituído por Juan Antonio Pizzi.

    Entre 24 plantéis, há um jogador que nasceu em Portugal. Pedro Correia, mais conhecido como Pedro Ró-Ró, conta com 87 internacionalizações pelo Catar. Fez parte do plantel que conquistou a Taça Asiática 2019. Agora, quatro anos depois, está entre os 26 escolhidos que vão defender o título, em casa.

    Há três jogadores que disputam o campeonato português que vão desfalcar os clubes para estarem presentes na Taça Asiática 2023. Mehdi Taremi (Irão), do FC Porto, Hidemasa Morita (Japão), do Sporting CP, e Osama Rashid (Iraque), do Vizela, vão tentar trazer glória aos respectivos países.

    DADOS TRANSFERROOM SOBRE OS FAVORITOS DO TORNEIO

    O relatório do TransferRoom confirma também que o Japão tem a melhor classificação geral como equipa (81,8), seguido da Coreia do Sul (78,5) e do Irão (74,6).

    O avançado japonês da Real Sociedad, Takefuso Kubo (87,3), é o jogador mais bem cotado da competição, seguido pelo sul-coreano Lee Kang-in, do PSG, com 81,3 e do lateral Yukinari Sugawara, do AZ Alkmaar (78.8).

    A TransferRoom é uma plataforma que facilita o contacto entre os representantes dos clubes, como uma rede social de futebol. A plataforma permite que os clubes encontrem e expressem o seu interesse em jogadores, conduzindo a negociações e transferências.

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    Filipe Torres
    Filipe Torreshttp://www.bolanarede.pt
    O Filipe saiu da Ilha de São Miguel, nos Açores, para tirar a Licenciatura de Jornalismo na Escola Superior de Comunicação Social. Desde criança que é adepto de Futebol, tendo já sido árbitro. Para além do "desporto-rei", o Filipe também é apaixonado por Basquetebol e não falha no acompanhamento de Wrestling.