A CRÓNICA: APESAR DO SUSTO NOS MINUTOS FINAIS, OS DRAGÕES MANTÊM A INVENCIBILIDADE
Duas equipas invictas, FC Porto e SL Benfica, encontraram-se no Dragão Arena para descobrir quem continuaria com o registo 100% vitorioso.
Vindo de um ciclo difícil que incluiu dois jogos frente ao campeão francês Paris Saint Germain e ainda uma dura batalha frente ao Sporting CP no Pavilhão João Rocha, o Futebol Clube do Porto sabia que uma vitória lhe daria um aditivo importante na luta pelo título. Por outro lado, o Sport Lisboa e Benfica queria assumir a liderança do campeonato e ser a primeira equipa a vencer os dragões esta época para competições oficiais internas.
Com um 6:0 muito coeso, os comandados de Chema Rodriguez surpreenderam a equipa da casa e assumiram a liderança do marcador. Com o bombardeiro Petar Djordjic em dia sim, o Benfica estava bem no encontro e conseguiu uma vantagem de três golos que obrigou Magnus Andersson a pedir um tempo técnico para acalmar a sua equipa.
A paragem teve o efeito desejado, e minutos depois os azuis-e-brancos empataram o jogo a oito. O Porto introduziu o seu característico ataque 7×6 e o caminho para o golo começou a aparecer com maior facilidade. A defesa benfiquista não conseguia tapar o espaço que os dois pivots portistas criavam, e foi com naturalidade que a equipa da casa vencia por 15-14 ao intervalo.
No segundo tempo os lisboetas conseguiram chegar novamente à igualdade, em muito graças à excelente exibição de Sergey Hernandez, que jogo após jogo mostra ser peça fundamental para o sucesso da equipa, mas o 7×6 portista continuava a fazer mossa, e a defesa benfiquista começou a acusar o cansaço e a receber exclusões de dois minutos.
Com uma vantagem de quatro golos a menos de cinco minutos do fim o jogo parecia ter terminado, mas uma série de três livres de sete metros falhados/defendidos por parte do conjunto da casa, permitiram ao Benfica voltar à luta pela vitória. No entanto, nos momentos decisivos, Miguel Martins mostrou ter cabeça e sangue frio, e conseguiu colocar um ponto final nas aspirações encarnadas de roubarem pontos no Dragão Arena.
O Porto conseguiu assim mais uma vitória e é agora a única equipa invicta no Campeonato Andebol 1.
🤾♂️Vitória no Clássico!🤾♂️
💪Única equipa invicta no Campeonato de Andebol
💙Vamos, Dragões!#FCPorto #FCPortoAndebol #Andebol #FCPortoSports pic.twitter.com/9N9rZJcyIq
— FC Porto (@FCPorto) November 29, 2020
A FIGURA
Miguel Martins: O central portista é cada vez mais preponderante para o sucesso da sua equipa. Com seis golos marcados, Miguel Martins foi o melhor marcador do Porto e não teve medo de assumir nos momentos em que o Porto precisava. O seu remate de anca é cada vez mais uma arma no seu arsenal que as defesas têm de arranjar forma de contrariar.
O FORA DE JOGO
André Gomes: O lateral-esquerdo do FC Porto voltou a ter uma exibição muito abaixo do esperado e foi um dos preteridos por Magnus Andersson quando o técnico decidiu mudar o esquema a equipa. Apesar de ser um dos maiores talentos do clube, André Gomes tem sido muito inconstante e este encontro foi mais um exemplo.
ANÁLISE TÁTICA – FC PORTO
O FC Porto teve uma entrada um pouco atribulada, mas o seu 7×6 foi a chave do jogo. Com Daymaro Salina e Victor Iturriza junto aos seis metros, a primeira-linha portista conseguiu arranjar espaço, tanto para entradas aos seis metros, como para remates exteriores.
Defensivamente, o seu 6:0 teve alguma dificuldade em contrariar o poder de remate de Petar Djordjic, mas Alfredo Quintana conseguiu uma série de defesas frente a Arnau Garcia que foram essenciais para o triunfo azul-e-branco.
SETE INICIAL E PONTUAÇÕES
Alfredo Quintana (8)
António Areia (6)
Djibril Mbengue (6)
Rui Silva (7)
André Gomes (5)
Leonel Fernandes (7)
Victor Iturriza (7)
SUBS UTILIZADOS E PONTUAÇÕES
Ivan Sliskovic (6)
Miguel Martins (8)
Fábio Magalhães (8)
Daymaro Salina (7)
ANÁLISE TÁTICA – SL BENFICA
O SL Benfica conseguiu causar muitos problemas ao Porto durante grande parte do jogo com uma defesa 6:0 muito forte e que colocava muita pressão no portador da bola. Com Matic Suholeznic no centro da defesa, os encarnados foram capazes de parar o 6×6, mas tiveram muitos problemas para conter o 7×6 azul-e-branco.
Ofensivamente, a equipa de Chema Rodriguez apostou em constantes entradas do ponta-direita a segundo pivot de forma a ganhar vantagens no setor central. No entanto, quando essa opção não funcionava, o Benfica tinha dificuldades em ultrapassar a defesa portista.
SETE INICIAL E PONTUAÇÕES
Sergey Hernandez (8)
Arnau Garcia (7)
Petar Djordjic (8)
Lazar Kukic (7)
Belone Moreira (6)
Ole Rahmel (7)
Paulo Moreno (5)
SUBS UTILIZADOS E PONTUAÇÕES
Matic Suholeznic (7)
Kevynn Nyokas (6)
João Pais (7)