FC Porto 32-32 Lomza VIVE Kielce: Martins não chegou

    A CRÓNICA: APESAR DA EXIBIÇÃO IMACULADA DE MIGUEL MARTINS, O PORTO NÃO CONSEGUIU BATER O KIELCE EM CASA

    Em mais uma jornada da EHF Champions League marcada por vários jogos adiados devido a casos de COVID-19, o FC Porto recebeu e empatou contra o Lomza VIVE Kielce no Dragão Arena.

    Com os regressos de Miguel Martins, Djibril Mbengue, e também do lesionado Rui Silva, a equipa de Magnus Andersson teve muitas dificuldades na parte inicial da partida. O Kielce entrou forte e aproveitou as lacunas na defesa portista para se ir distanciando no marcador. A equipa polaca ia dominando, mas o central Miguel Martins ia-se destacando pelos Dragões como a principal arma ofensiva.

    Com os visitantes na frente, o técnico dos azuis-e-brancos pediu um time-out para reorganizar equipa. Surtiu efeito e o FC Porto saiu do tempo técnico com mais atitude defensiva e conseguiu, lentamente, encurtar a desvantagem. A circulação de bola na primeira-linha portista abria brechas na defesa polaca, e o FC Porto conseguiu encontrar espaço na zona central.

    Já perto do intervalo, o FC Porto chegou à vantagem e a cinco minutos do fim o central Rui Silva voltou a jogar, depois da lesão sofrida na primeira jornada da Liga dos Campeões frente ao Elverum no Dragão Arena – um jogo em que os Dragões perderam por dois golos de diferença – e o seu impacto foi imediato com o central internacional português a marcar um golo de belo efeito que ajudou a equipa a manter-se na dianteira do resultado.

    Ao fim dos primeiros 30 minutos, ambos os conjuntos recolheram ao balneário com a equipa da casa na frente por 19-17.

    No segundo tempo a toada manteve-se. Miguel Martins continuava endiabrado e mantinha o FC Porto na luta pela vitória, apesar da resposta polaca. Com os dragões praticamente sempre na frente e Quintana em grande plano na baliza, os azuis-e-brancos iam mantendo a vantagem, mas o Kielce mantinha-se perto e ameaçava o empate.

    Entrando para o último minuto empatados a 32, o FC Porto conseguiu defender e teve o último ataque do jogo. Com a bola da vitória a 15 segundos do fim, Magnus Andersson pediu um time out para preparar o último ataque. Os dragões tentaram o golo da vitória, mas o Kielce fez falta para livre de nove metros e conseguiu assim manter o resultado.

    Destaque para Miguel Martins. O jovem central esteve imparável e terminou o jogo com nove golos em nove remates, 100% de eficácia numa posição onde consegui-lo é extremamente raro.

     

    A FIGURA

    Miguel Martins – O internacional português foi o motor da equipa e a razão para o FC Porto ter estado tão perto da vitória. Depois de ter sofrido um toque frente a Vardar e não ter alinhado para o Campeonato frente ao Vitória FC, Miguel Martins entrou com tudo e os polacos foram incapazes de o parar.

    O FORA DE JOGO

    André Gomes – Não foi o pior em campo – até porque tendo em conta o jogo, não houve um jogador que tenha jogado mal – mas depois de uma primeira parte em que marcou quatro golos e foi determinante, o lateral português teve um segundo tempo pacato, e deixa-nos a perguntar: E se tivesse mantido o nível? Muito provavelmente o FC Porto teria vencido.

     

    ANÁLISE TÁTICA – FC PORTO

    Este FC Porto é fiel aos seus princípios e o regresso de Rui Silva viu uma equipa com mais soluções. Com Miguel Martins em dia “sim”, os dragões apostaram numa circulação de bola rápida que lhe permitia abrir espaço na defesa adversária, tanto para o remate, como para o jogo com o pivot.

    7 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Nikola Mitrevski (6)

    Diogo Branquinho (6)

    André Gomes (7)

    Miguel Martins (9)

    Djibril Mbengue (6)

    Antonio Areia (6)

    Victor Iturriza (7)

    SUBS UTILIZADOS 

    Alfredo Quintana (8)

    Rui Silva (7)

    Miguel Alves (7)

    Daymaro Salina 86)

    Manuel Späth (6)

    Diogo Silva (6)

    Fábio Magalhães (7)

    Ivan Sliskovic (6)

     

    ANÁLISE TÁTICA – LOMZA VIVE KIELCE

    Uma equipa semelhante ao FC Porto na procura pelo espaço. Alex Dujshebaev e Igor Karacic são as suas principais armas e a equipa joga aquilo que os dois “maestros” jogarem. O jogo com o possante pivot francês Nicolas Tournat nem sempre funcionou, o que condicionou até certo ponto a estratégia ofensiva da equipa.

    SETE INICIAL E PONTUAÇÕES

    Andreas Wolff: (7)

    Igor Karacic (8)

    Tomasz Gebala (6)

    Daniel Dujshebaev (6)

    Nicolas Tournat (7)

    Branko Vujovic (6)

    Arkadiusz Moryto (7)

    SUBS UTILIZADOS 

    Alex Dujshebaev (7)

    Bjørn Sigvaldi Gudjonsson (7)

    Artsem Karalec (6)

    Szymon Sicko (6)

    Angel Perez (6)

    Mateusz Kornecki (6)

    Artigo revisto por Inês Vieira Brandão

    - Advertisement -

    Subscreve!

    Artigos Populares

    Leonardo Costa Bordonhos
    Leonardo Costa Bordonhoshttp://www.bolanarede.pt
    É jornalista desportivo e o andebol e o futebol foram o seu primeiro amor. Com o passar do tempo apaixonou-se também pelo basquetebol e futebol americano, e neste momento já não consegue escolher apenas um                                                                                                                                                 O Leonardo não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.