A CRÓNICA: ÚLTIMOS 12 MINUTOS FATAIS NA VANTAGEM NACIONAL
Portugal tinha uma oportunidade de ouro para assegurar o título europeu sub-20 frente a Espanha a quem ganhou na Fase de Grupos (36-35). Esta era a segunda presença no jogo decisivo da competição depois de 2010 em que os portugueses perderam frente à Dinamarca.
A Seleção Nacional começou a bom nível, conseguindo uma vantagem de dois golos logo nos primeiros minutos. Contudo, a organização defensiva espanhola atrapalhou os jogadores portugueses e os rivais ibéricos conseguiram dar a reviravolta no marcador antes dos primeiros dez minutos.
A partir dos 16 minutos com o golo de Ricardo Brandão e até ao intervalo, o duelo esteve muito equilibrado com a igualdade a ser a mais prevalente no resultado. Contudo, Portugal conseguiu chegar ao descanso a vencer pela margem mínima com o quarto golo de André Sousa no jogo.
No segundo tempo, a equipa nacional entrou a todo o gás e aproveitando as exclusões de Álex Lodos e de Eneko Furundarena para alargar a vantagem para três golos. Os comandados de Carlos Martingo estavam na melhor fase da partida com Francisco Costa e André Sousa a serem importantes na concretização e Tiago Ferreira a ter várias intervenções importantes na baliza.
A 12 minutos do final, Portugal tinha quatro golos de vantagem (32-28) depois do golo de Ricardo Brandão. No entanto, vários ataques consecutivos falhados permitiram à Espanha chegar à vantagem a sete minutos do final (32-33). A pressão era já muita sobre os jovens portugueses e mesmo com três golos de André Sousa e a desvantagem nacional na margem mínima no derradeiro minuto, a Espanha garantiu o título europeu com um golo de Jan Gurri depois de um time out pedido a 20 segundos do fim.
🇵🇹 Prata para Portugal! 𝐎𝐫𝐠𝐮𝐥𝐡𝐨 𝐬𝐞𝐦 𝐟𝐢𝐦 ❤️
Esta geração igualou a melhor classificação de sempre no escalão sub-20 🥈#m20ehfeuro #superportugal #andebolportugal #portugal #andebol #jogossantacasa #mader #aguamonchique pic.twitter.com/LCpI1sQQKM
— Federação de Andebol de Portugal (@AndebolPortugal) July 17, 2022
Apesar da derrota, a Seleção Nacional Sub-20 mostrou argumentos para ganhar o Europeu e demonstrou sobretudo que há muito talento a emergir em Portugal.
A FIGURA
🏆 @EHFEURO U20 2022
📌 Matosinhos (Portugal)
📊 Final
⏱️ 40’🆚 Portugal 🇵🇹 25:22 🇪🇸 España
🏟 Centro de Desportos e Congressos
📺 https://t.co/SEBuRowyHu#HispanosJunior #FollowTheFuture pic.twitter.com/DX3DmforQM— RFEBalonmano (@RFEBalonmano) July 17, 2022
Jan Gurri – O central espanhol esteve muito eficaz no capítulo do remate, aproveitando a passividade da defesa portuguesa. Ativo na construção defensiva alta espanhola e no movimento ofensivo. Destaque também para André Sousa que foi importante na manobra ofensiva e fez 10 golos em 13 tentativas, empurrando a equipa para a frente em fases complicadas em especial no final onde a lucidez faltava.
O FORA DE JOGO
— Federação de Andebol de Portugal (@AndebolPortugal) July 15, 2022
Martim Costa – O lateral acabou por estar abaixo do nível a que costuma jogar. Menos de 50% eficácia nos remates só conseguiu marcar o primeiro golo já perto do intervalo. Melhorou na segunda parte, mas esteve mais discreto do que o habitual neste Europeu e nesta época.
ANÁLISE TÁTICA – PORTUGAL
A Seleção Nacional Sub 20 apresentou algumas dificuldades iniciais perante a defesa alta espanhola. Com Francisco Costa a ser bastante vigiado, André Sousa teve mais espaço para alvejar a baliza adversária.
Na defesa, os comandados de Carlos Martingo estiveram sob a linha de seis metros entre os esquemas 5×1 e 6×0. Por vezes, os lusos apresentaram uma atitude demasiado passiva na proteção da sua baliza.
EQUIPA E PONTUAÇÕES
Diogo Rêma (5)
Tiago Ferreira (7)
André Sousa (8)
Vasco Costa (6)
Gabriel Viana (6)
Pedro Oliveira (6)
Tiago Teixeira (-)
Nuno Queirós (-)
António Machado (-)
Ricardo Brandão (6)
Gabriel Cavalcanti (6)
Miguel Oliveira (-)
João Gomes (6)
Francisco Costa (7)
Nilton Melo (6)
Martim Costa (5)
ANÁLISE TÁTICA – ESPANHA
A Seleção Espanhola apresentou uma defesa alta para tentar travar o movimento ofensivo de Portugal. No ataque, os espanhóis usaram e abusaram da ponta esquerda para Marti Soler finalizar.
Os selecionados de Rodrigo Reñones usaram eficazmente os ataques rápidos, em especial na minha primeira parte, para conseguirem encontrar espaços para alvejarem a baliza. Na segunda parte, conseguiram mais espaço na zona central, com o central Jan Gurri a destacar-se na facilidade de remate e na concretização.
EQUIPA E PONTUAÇÕES
Daniel Martínez (-)
Roberto Domenech (7)
Jan Gurri (8)
Gorka Nieto (6)
Bruno Reguart (8)
Antonio Martínez (6)
Martí Soler (6)
Carlos Álvarez (6)
Arnau Fernández (6)
Javi Rodríguez (6)
Artur Parera (-)
Eneko Furundarena (6)
Julen Urruzola (-)
Julen Múgica (6)
Daniel Serrano (6)
Álex Lodo (6)