A magia dos mais jovens: saltou-se como não se saltava há 23 anos. E Evelise voltou a brilhar!

    Já se sabia que o fim-de-semana iria ser recheado de momentos de elevado interesse no Atletismo. Ainda assim, poucos poderiam imaginar algumas das extraordinárias marcas a que assistimos nestes dias. E querem perceber a pujança do Atletismo? Todos os destaques que hoje vos trazemos ao redor do mundo dizem respeito a atletas que ainda não completaram os 23 anos!

    1. Portugal nos Campeonatos do Mediterrâneo Sub-23: Seis medalhas e o show de Evelise Veiga!

    Portugal teve uma fantástica prestação nos Campeonatos de Jesolo, com 6 medalhas no total, igualando o melhor registo na competição, em termos de quantidade de medalhas. O grande destaque foi mesmo Evelise Veiga que está a ter um ano de grande sucesso, ficando para já a faltar apenas a qualificação para os Europeus. Pouco tempo depois de ter batido o recorde sub-23 no Comprimento que pertencia a Teresa Carvalho desde 2014, Evelise foi a Itália conquistar não uma, mas duas medalhas nestes campeonatos. Começou por vencer no primeiro dia o Salto em Comprimento, com 6.26 metros, e no segundo dia alcançou a medalha de Prata no Triplo, com um enorme recorde pessoal e um salto de 13.65 que a coloca como a terceira melhor atleta nacional na história do Triplo. Neste momento, com melhores marcas que a atleta do Sporting, apenas Naide Gomes no Comprimento e Patrícia Mamona e Susana Costa no Triplo Salto! 

    Quanto aos restantes elementos da nossa comitiva, outros grandes resultados surgiram, como o excelente recorde pessoal de Frederico Curvelo nos 100 metros, baixando de uma melhor marca pré-campeonatos de 10.54 para 10.37, resultado que fez duas vezes durante a competição, sendo que na final esse tempo lhe deu a medalha de Prata. Edna Barros conseguiu também um excelente resultado de 46:05.42 nos 10.000 Metros Marcha, alcançando com essa marca a medalha de Bronze. E destaque ainda para duas medalhas de Bronze nos Lançamentos, uma no feminino e outra no masculino. Se no Disco, Edujose Lima continua a dar cartas em 2018, tendo lançado a 55.98 em Itália; no Peso, é Eliana Bandeira que, finalmente a representar Portugal, alcançou a medalha de Bronze ao lançar 15.69 metros!

    2. Juan Miguel Echevarría: Um Salto como não se via há 23 anos! Vindo de quem ainda não era nascido nesse dia.

    O único sabor amargo que fica foi de o salto ser com um vento ligeiramente antirregulamentar (mesmo acima do limite, em +2.1). O jovem cubano de 19 anos, Juan Miguel Echevarría saltou 8.83 metros em Estocolmo, uma marca assombrosa e o mundo não via um salto tão longo (em qualquer tipo de condições) desde o polémico salto de Iván Pedroso em 1995, quando registou 8.96 metros em Itália. Caso o vento tivesse sido de +2.0, Echevarría teria feito na Suécia o melhor salto regulamentar desde o recorde mundial de Mike Powell em 1991, de 8.95 metros! 

    O jovem, que já este ano se sagrou campeão mundial de pista coberta em Birmingham, confessou que tinha como objectivo saltar acima dos 8.50 nesta prova, mas que até ele se surpreendeu com o seu salto no limite da caixa de areia e que levantou alguma discussão relativamente à dimensão das mesmas. O melhor é mesmo ver: 

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    Pedro Pires
    Pedro Pireshttp://www.bolanarede.pt
    O Pedro é um amante de desporto em geral, passando muito do seu tempo observando desportos tão variados, como futebol, ténis, basquetebol ou desportos de combate. É no entanto no Atletismo que tem a sua paixão maior, muito devido ao facto de ser um desporto bastante simples na aparência, mas bastante complexo na busca pela perfeição, sendo que um milésimo de segundo ou um centimetro faz toda a diferença no final. É administador da página Planeta do Atletismo, que tem como principal objectivo dar a conhecer mais do Atletismo Mundial a todos os seus fãs de língua portuguesa e, principalmente, cativar mais adeptos para a modalidade.                                                                                                                                                 O Pedro escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.