Entre 3 de Maio e 6 de Setembro: Circuito Diamond League
Embora as atenções ao ar livre se centrem mais para frente, a verdade é que a edição 2019 da Diamond League promete bastante. Devido ao facto dos Mundiais se realizarem numa fase tão tardia da temporada, os wild card para os vencedores da Diamond League serão atribuídos nesta edição e portanto será do interesse de todos os atletas – principalmente das grandes potências que têm maior concorrência interna – primeiro garantir a presença nas finais de Zurique/Bruxelas e depois fazer boa figura nessas finais. Fazer boa figura nessas finais pode significar diferentes coisas e pode ter diferentes objetivos: a Liga Diamante, terminando depois dos Campeonatos Nacionais, inverte totalmente o cenário a que estamos habituados, e poderá servir de tábua de salvação a atletas que não conseguiram a qualificação interna (falando mais em concreto para os países que utilizam o sistema de Trials, mas não só). Por outro lado, quem já tem essa qualificação assegurada, pode ter dois tipos diferentes de abordagem: existirão os atletas que até podem saltar essas finais para se guardarem para Doha e não mostrarem já o “plano A”; mas a abordagem que nos parece mais recomendada é a de utilizar essas finais para testar já os seus níveis bem como os dos rivais, uma vez que estaremos a apenas poucas semanas dos Mundiais.
Por outro lado, deverá ser nos vários meetings da Diamond League que iremos ver pela primeira vez alguns duelos que prevemos que sejam explosivos, como o de Michael Norman vs Wayde van Niekerk nos 400 metros, Rai Benjamin frente a Abderrahman Samba na distância com barreiras ou a estreia internacional de Sydney McLaughlin frente a Dalilah Muhammad. E, claro, queremos ver mais de duelos já apaixonantes como Luvo Manyonga frente a Echevarría no Comprimento; Shaunae Miller-Uibo e Salwa Eid Naser nos 400 metros ou Yulimar Rojas e Caterine Ibarguen no Triplo.