Atletismo: As melhores dos 2010s – Feminino

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800 METROS: Caster Semenya (RSA)

Quando nos lembrarmos deste período poucos seremos capazes de identificar outra atleta que marcou os 800 metros. A polémica e a nova legislação para atletas com desenvolvimento sexual retirou Caster Semenya (RSA) de combate, mas a sul-africana só pode estar orgulhosa do seu imponente palmarés, tendo somado duas medalhas de Ouro nos Jogos Olímpicos de Londres (2012) – esta na secretaria, mais tarde, por um caso de doping russo – e Rio (2016), além de dois Ouros nos Mundiais de Daegu (2011) – este também elevado a Ouro, posteriormente – e Londres (2017). Pelo meio, várias legislações diferentes ou tentativas de implementação de supressores de testosterona limitaram a performance da sul-africana, o que explica que o seu registo em Mundiais não tenha sido perfeito.

Eunice Sum (KEN), Maryna Arzamasava (BLR) e Halimah Nakaayi (UGA) venceram também títulos mundiais, mas com Semenya em pista (e sem limitações de testosterona) ninguém tinha absolutamente qualquer chance. Francine Niyonsaba (BDI) – que também tem diferenças de desenvolvimento sexual – venceu dois títulos indoor neste período, além de conquistar medalhas nos Olímpicos do Rio e Mundiais de Londres. A atleta do Burundi mostrou, uma vez mais, que este período ficará para sempre marcado pelas atletas com este tipo de condição.

1.500 METROS: Faith Kipyegon (KEN)

Os sete títulos globais foram divididos por seis atletas e apenas Faith Kipyegon (KEN) foi capaz de conquistar dois deles, ao ser absolutamente dominadora em 2016 e 2017, conquistando os Jogos do Rio e os Mundiais de Londres, além da Diamond League de 2017. A queniana também foi Prata em Pequim (2015) e Doha (2019) mostrando ser sempre uma força a ter em conta na disciplina.

Os Jogos de 2012 ficaram marcados por uma corrida denominada de “mais mentirosa da história”, com as duas primeiras classificadas a serem suspensas por doping (e mais duas outras atletas) e o Ouro a ir agora para Maryam Yusuf Jamal (BHR). Em Mundiais, além de Kipyegon, quem alcançou Ouros foi Jennifer Simpson (USA) em 2011, Abeba Aregawi (SWE) em 2013, Genzebe Dibaba (ETH) em 2015 e Sifan Hassan (HOL) em 2019. Dibaba conquistou dois Ouros em Mundiais Indoor neste período, bateu o recorde mundial ao ar livre (3:50.07) e em pista coberta (3:55.17) e poderia muito bem ser a escolhida, mas é o título olímpico de Kipyegon (que falta a Genzebe) que para nós faz a diferença.

5.000 METROS: Vivian Cheruiyot (KEN)

Escolha bastante difícil, com três atletas a ter argumentos para reinvidicar a coroa! Meseret Defar (ETH), Vivian Cheruiyot (KEN) e Hellen Obiri (KEN) conquistaram todas elas dois títulos globais, além de uma outra medalha global neste período.

Defar venceu nos Olímpicos de Londres (2012) e nos Mundiais de Moscovo (2013), além de ter sido Bronze em Daegu (2011). Cheruiyot venceu os Mundiais de Daegu (2011) e os Olímpicos do Rio (2016), além de ter sido Prata nos Olímpicos de Londres (2012). Por fim, Obiri venceu nos Mundiais de Londres (2017) e Doha (2019), além da Prata nos Jogos do Rio (2016).

Na Diamond League, três vitórias para Cheruiyot, duas para Obiri e uma para Defar. Nos Mundiais Indoor, Obiri conquistou duas medalhas nos 3.000 (uma de Ouro), Cheruiyot uma Prata e Defar um Ouro e duas Pratas. Mais igualado era praticamente impossível. Vamos para Cheruiyot pela longevidade e pelo feito de ter conseguido conquistar títulos globais nas duas partes deste período, mas qualquer uma delas seria uma justa vencedora.

Pedro Pires
Pedro Pireshttp://www.bolanarede.pt
O Pedro é um amante de desporto em geral, passando muito do seu tempo observando desportos tão variados, como futebol, ténis, basquetebol ou desportos de combate. É no entanto no Atletismo que tem a sua paixão maior, muito devido ao facto de ser um desporto bastante simples na aparência, mas bastante complexo na busca pela perfeição, sendo que um milésimo de segundo ou um centimetro faz toda a diferença no final. É administador da página Planeta do Atletismo, que tem como principal objectivo dar a conhecer mais do Atletismo Mundial a todos os seus fãs de língua portuguesa e, principalmente, cativar mais adeptos para a modalidade.                                                                                                                                                 O Pedro escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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