Atletismo: As melhores dos 2010s – Feminino

10.000 METROS: Tirunesh Dibaba (ETH)

Também aqui três atletas poderiam muito bem dividir a honra e Vivian Cheruiyot (KEN) está outra vez entre elas! Neste período, a atleta venceu dois Mundiais (2011 e 2015), além do Bronze nos Olímpicos do Rio (2016). Tirunesh Dibaba (ETH) venceu nos Olímpicos de Londres (2012) e nos Mundiais de Moscovo (2013), tendo sido ainda Bronze nos Olímpicos do Rio (2016) e Prata nos Mundiais de Londres (2017). Almaz Ayana (ETH) conquistou os Olímpicos do Rio e os Mundiais de Londres.

Ayana tem a seu favor o enorme e totalmente impensável recorde mundial alcançado no Rio – 29:17.45 – e isso teve muito próximo de pesar decisivamente na nossa escolha final. No entanto, recordes são recordes e títulos/medalhas são aquilo que fica para a eternidade. O facto de Dibaba ter vencido os mesmos Ouros que Ayana, mas a isso ter sido somado medalhas na mesma distância na 2.ª metade deste período acabou por fazer a diferença na nossa escolha.

100 METROS BARREIRAS: Sally Pearson (AUS)

Como habitualmente, as barreiras voltaram a não desiludir, sendo uma das disciplinas mais imprevisíveis do circuito. A velocidade, associada à técnica e à precisão, levam a que a mínima distração tire da discussão os maiores favoritos e assim foi, por exemplo, quando Kendra Harrison (USA) falhou os Jogos Olímpicos (não se qualificou nos Trials norte-americanos, apesar de ser a líder mundial e absoluta dominadora da disciplina na altura).

Poucos dias depois, a mesma atleta foi a Londres bater o recorde mundial da disciplina que durava há 28 anos, desde 1988! Essa marca – 12.20 – é obviamente a marca da década, mas Kendra, apesar das inúmeras vitórias consecutivas no circuito de meetings, nunca se conseguiu impor nos momentos das grandes decisões, tendo apenas um título global, que foi em pista coberta nos 60 barreiras. Ao ar livre, nos 100, a norte-americana apenas tem para mostrar a Prata deste ano em Doha.

Durante este período, Sally Pearson (AUS) e Brianna Rollins (USA) tiveram em destaque com as conquistas olímpicas (em Londres e no Rio respetivamente) e com mais duas conquistas mundiais ao ar livre para Pearson (Daegu 2011 e Londres 2017) e uma para Rollins (Moscovo 2013). Pearson ainda venceu um título indoor em 2012 , o que faz de si a mais condecorada atleta deste período (foi também Prata nos Mundiais de Moscovo e nos Indoor de Sopot).

Danielle Williams (JAM), que venceu o título mundial em 2015 e foi Bronze em Doha, também teve um registo de assinalar, apesar de ter chegado ao Qatar como favorita e ter saído no último lugar do pódio. Por fim, devemos falar de Nia Ali (USA) – a campeão de Doha – que finalmente se sagrou campeã ao ar livre, aos 30 anos – já duplamente mamã – depois de ter sido Prata nos Jogos do Rio e de ter conquistado dois títulos mundiais em pista coberta (2014 e 2016) nos 60 barreiras.

400 METROS BARREIRAS: Dalilah Muhammad (USA)

A disciplina tem agora o sangue novo de Sydney McLaughlin (USA) a rivalizar com a consolidação da força que é Dalilah Muhammad (USA), mas a primeira metade deste período foi bem diferente. A russa Natalya Antyukh foi a campeã olímpica em Londres, um ano depois de Lashinda Demus (USA) ter vencido em Daegu (2011), mas é o nome de Zuzana Hejnová (CZE) que mais marcará o pré-Dalilah, com o duplo título mundial em Moscovo (2013) e Pequim (2015), já depois de ter sido Bronze nos Olímpicos de Londres. Kori Carter (USA) foi uma surpreendente vencedora nos Mundiais de Londres (2017) que se veio a intrometer no domínio de Dalilah Muhammad (USA), que foi a melhor atleta deste período.

Muhammad conquistou o título olímpico no Rio (2016) e venceu a Diamond League nos dois anos seguintes, isto antes de um 2019 verdadeiramente explosivo. A atleta bateu o recorde mundial da disciplina – que durava desde 2003 –, obliterando completamente os 52.34 de Pechonkina para correr em 52.20 nos Nacionais norte-americanos. Mais tarde, em Doha, conquistou o título mundial com mais um recorde mundial – 52.16 segundos – fechando o ano como a atleta do ano para a IAAF. McLaughlin está a chegar – já é a 2.ª mais rápida de sempre! –, mas Muhammad parece ainda ter algo mais na manga.

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Pedro Pires
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O Pedro é um amante de desporto em geral, passando muito do seu tempo observando desportos tão variados, como futebol, ténis, basquetebol ou desportos de combate. É no entanto no Atletismo que tem a sua paixão maior, muito devido ao facto de ser um desporto bastante simples na aparência, mas bastante complexo na busca pela perfeição, sendo que um milésimo de segundo ou um centimetro faz toda a diferença no final. É administador da página Planeta do Atletismo, que tem como principal objectivo dar a conhecer mais do Atletismo Mundial a todos os seus fãs de língua portuguesa e, principalmente, cativar mais adeptos para a modalidade.                                                                                                                                                 O Pedro escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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