O miúdo das decisões difíceis
Apesar de ser um dos atletas em destaque neste início de 2019, não se pense que o nome de Holloway só começou a ser falado recentemente. Desde cedo elogiado pela sua versatilidade e pela qualidade que apresenta em várias disciplinas do Atletismo, Grant foi muito falado quando, em 2015, fez uma escolha muito pouco usual no desporto norte-americano.
Tendo a possibilidade de ingressar na equipa de futebol americano dos Florida Gators em 2015, Holloway decidiu assinar pela equipa de Atletismo, preferindo um desporto que, como todos sabemos, permite maiores dividendos financeiros. A decisão deixou em estado de choque várias personalidades ligadas ao futebol americano universitário, que pretendiam ver o jovem optar por essa via, devido às suas condições físicas fora do comum. Na altura – quando acabara de completar os 18 anos –, Holloway optou por seguir o seu coração e perseguir aquilo que realmente sempre sonhou ser: campeão olímpico pelo seu país no Atletismo. Nos Gators, Holloway teria à sua espera como treinador o seu primo – Mike Holloway – numa relação que se tem revelado incrivelmente proveitosa para ambas as partes (o pai de Grant também é treinador de Atletismo no desporto escolar – High School – norte-americano).
Depois de uma época avassaladora no desporto universitário em 2018, Grant voltaria a ter uma importante escolha pela frente. Sendo cobiçado pelas principais marcas desportivas, mas com a opção de ainda fazer mais um ano no desporto universitário, o jovem anunciou a 21 de Junho que, contra todas as expetativas, iria voltar aos Gators e fazer mais uma temporada no desporto universitário. Numa carta publicada no site da equipa universitária, Grant afirmava que ainda não se sentia preparado para fazer do desporto uma profissão e para deixar os seus amigos e colegas de equipa. Ao mesmo tempo, não deixava de mostrar a sua ambição ao afirmar que também não se queria despedir do desporto universitário, tendo alguém à sua frente em alguns rankings nacionais.