Lyles não se cansa de recordes e Claye volta a voar

    Warholm não sabe correr lento e Roberts prova que é candidato ao Ouro

    Nas barreiras, nos 110 metros, Daniel Roberts, o campeão norte-americano provou estar num excelente momento de forma, com uma forte prova, consistente do início ao fim, não se deixando assustar quando não estava na frente da prova, terminando em 13.08 segundos. Voltou a bater o líder do ano, o compatriota, Grant Holloway, que até partiu muito bem, mas que terminou em sexto, em 13.25 segundos. Holloway diz que irá conseguir voltar a ter um pique de forma (teve o primeiro nos Universitários Norte-Americanos) por alturas dos Mundiais de Doha. Já o espanhol Orlando Ortega, Prata no Rio de Janeiro, voltou a mostrar regularidade, em segundo lugar, com 13.14 segundos. Na distância mais longa, os 400 metros, o norueguês Karsten Warholm mostrou mais uma vez que está pronto para enfrentar Samba e Benjamin, correndo muito rápido, em 47.26 segundos, bem distante de todos os outros em prova.

    Warholm está a fazer uma época fantástica
    Fonte: Meeting de Paris

    Já na prova dos 3.000 metros obstáculos, Soufiane El Bakkali parece mesmo ser, à data de hoje, o melhor homem no mundo, e irá definitivamente a Doha à procura do seu muito aguardado primeiro título global. Hoje fechou em 8:06.64s, assegurando a vitória numa prova que marcou o regresso à competição do queniano Conseslus Kipruto (depois de prolongada paragem por lesão), que não conseguiu aguentar o ritmo da frente e terminou no quinto lugar, com 8:13.75s.

    Claye volta a saltar acima dos 18 metros

    Poderá Claye bater Coleman e Pichardo em Doha?
    Fonte: Meeting de Paris

    Numa prova de Triplo Salto que contou com a participação de Nelson Évora (sétimo com 16.82 metros), o grande duelo norte-americano entre Christian Taylor (campeão mundial e olímpico) e Will Claye (o líder mundial) centrava todas as atenções e não desiludiu. Christian Taylor mostrou um bom nível, igualando o seu melhor da temporada com 17.82 metros, mas tem este ano um grande adversário em Will Claye. Claye, cansado de ser o eterno segundo nesta disciplina ao ar livre, parece neste ano um nível acima em termos de consistência e voltou a superior os 18 metros, com um enorme salto de 18.06 metros, um novo recorde do meeting (o anterior, de Jonathan Edwards durava há 17 anos!). Também no feminino a prova do Triplo mostrou um nível excecional com a venezuelana Yulimar Rojas a voltar a ultrapassar os 15 metros, com 15.05 metros, num dia em que 4 mulheres estiveram acima dos 14.70, provando que vai ser um duro ano para entrar nas medalhas nos Mundiais.

    Yulimar outra vez acima dos 15 metros!
    Fonte: Meeting de Paris

    Nas outras provas de saltos, grande recorde nacional canadiano (4.82 metros) para Alysha Newman na Vara, batendo as favoritas Katerina Stefanidi e Sandi Morris (ambas ficaram a 4.75), sendo que nos homens, o norte-americano Sam Kendricks igualou o recorde do meeting (6 metros!) numa prova que nem sequer era evento da Liga Diamante. Já o Salto em Altura masculino voltou a mostrar o fraco nível (para os padrões internacionais de elite) que tem marcado esta temporada, com a vitória a ir para o canadiano Michael Mason em modestos 2.28 metros.

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    Pedro Pires
    Pedro Pireshttp://www.bolanarede.pt
    O Pedro é um amante de desporto em geral, passando muito do seu tempo observando desportos tão variados, como futebol, ténis, basquetebol ou desportos de combate. É no entanto no Atletismo que tem a sua paixão maior, muito devido ao facto de ser um desporto bastante simples na aparência, mas bastante complexo na busca pela perfeição, sendo que um milésimo de segundo ou um centimetro faz toda a diferença no final. É administador da página Planeta do Atletismo, que tem como principal objectivo dar a conhecer mais do Atletismo Mundial a todos os seus fãs de língua portuguesa e, principalmente, cativar mais adeptos para a modalidade.                                                                                                                                                 O Pedro escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.