Académica 74-93 SL Benfica: Águias voam bem alto em Coimbra

    A CRÓNICA: Eficiência encarnada acentua série negativa dos estudantes

    A tarefa para a Briosa era hercúlea, tal como o foi quando, em 2012/13, Académica e Benfica foram protagonistas na final do campeonato. Arnette, na altura na equipa de Coimbra, e Betinho foram os dois jogadores que estiveram em ambos os encontros. Até hoje, essa tinha sido a última vez que as duas equipas se defrontaram. Os encarnados, esta tarde, foram uma montanha que os estudantes não conseguiram trepar.

    O Benfica foi a equipa que entrou mais agressiva, quer no ataque, quer na defesa. Ofensivamente, foi atirando com sucesso da linha dos três pontos. No entanto, a Académica reagiu. Este primeiro período fez-se de parciais, mas foi a equipa lisboeta que, fruto do ritmo que implementou ao jogo, conseguiu sair na frente com um resultado de 26-21.

    A Briosa subiu a intensidade defensiva e reduziu a diferença no marcador para três pontos, no segundo quarto. Neste período, o Benfica foi mais permissivo na defesa e permitiu à equipa visitada envolver mais gente no ataque. Ainda assim, a ideia que dava era que as águias poderiam fugir no marcador caso acelerassem o jogo. As equipas foram para o intervalo com o marcador em 43-40 para o Benfica.

    Betinho foi o homem de mão no início da segunda parte. Foram três triplos em três tentativas que deixaram o Benfica com uma confortável vantagem de 10 pontos, não impedindo a agitação de Carlos Lisboa, treinador encarnado. Aconteceu o que se previa. O Benfica entrou com máxima intensidade e não perdoou os facilitismos. Malcolm, capitão da Briosa, gritava “mantenham a calma” para uma Académica que parecia perdida. Não aconteceu e os estudantes foram para o último quarto a perder por 18.

    No último quarto, mais do mesmo. Muitas perdas de bola da Académica e o Benfica não perdoou e alargou a vantagem para 29 pontos, fixando o 74-93 final. Malcolm Richardson foi o melhor marcador da partida com 25 pontos.

    O Pavilhão Multidesportos Dr. Mário Mexia viu mesmo o Benfica confirmar a sua superioridade e levar a vitória, a terceira consecutiva, permanecendo invicto na prova antes da receção ao Vitória de Guimarães. Na próxima jornada, Académica, que ainda não venceu no campeonato, desloca-se ao pavilhão do Esgueira.

     

    A FIGURA

    Caleb Walker – Muito atlético e cheio de potência, foi assim que se apresentou em Coimbra. Além das altíssimas percentagens de lançamento (91% de lançamentos de campo), foi sempre uma seta apontada ao cesto da Briosa. Selecionou bem os seus tiros e foi muito efetivo nos ataques ao cesto.

    O FORA DE JOGO

    Bakary Konate – É um dos quatros estrangeiros que a Académica tem à disposição, mas não tem acrescentado muito ao conjunto de Coimbra. Não foi intimidante nas áreas próximas do cesto e, no ataque, revela algumas debilidades técnicas.

     

    ANÁLISE TÁTICA – Académica

    A Académica teve dificuldade em defender o perímetro e sofreu com os atiradores do Benfica. Para impedir a organização de jogo do Benfica, evitaram ao máximo que a bola entrasse no base encarnado, retirando tempo de ataque ao oponente. Normalmente orientados pelo base norte-americano Malcolm Richardson, os estudantes tiveram que trabalhar muito para marcar os seus pontos. O que há a retirar de positivo do jogo é o maior número de jogadores a contribuir no ataque. De relembrar que, no jogo anterior, frente ao Lusitânia, McCoy e Richardson concentraram 69 % dos pontos da equipa.

     

    5 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Paulo Caldeira (5)

    Malcolm Richardson (7)

    Robert McCoy (5)

    Josh McNair (5)

    Bakary Konate (4)

    SUBS UTILIZADOS

    Krassimir Pereira (3)

    Nuno Brito (-)

    André Mendes (5)

    Daniel Relvão (5)

    ANÁLISE TÁTICA – SL Benfica

    A agressividade que impôs no jogo deu frutos no ataque e na defesa. No meio-campo ofensivo, conseguiu atrair a defesa através dos ataques ao cesto, o que permitiu libertar os atiradores que fizeram sempre questão de abrir o campo, obrigando a defesa contrária a dispersar e tornar-se menos densa. Embora aí tenham sido mais bem controlados, no jogo interior também fizeram estragos, com Caleb Walker e Cameron Jackson a encontrar muitos lançamentos debaixo do cesto. Foram letais em capitalizar os erros do adversário, utilizando o bom desempenho defensivo para obter pontos fáceis.

     

    5 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Demond Carter (5)

    Scottie Lindsey (5)

    Betinho (6)

    Caleb Walker (8)

    Cameron Jackson (6)

    SUBS UTILIZADOS

    José Silva (5)

    Rafael Lisboa (5)

    Fábio Lima (4)

    Arnette Haallman (4)

    Eric Coleman (5)

    Guilherme Saiote (-)

    Artigo revisto

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    Francisco Grácio Martins
    Francisco Grácio Martinshttp://www.bolanarede.pt
    Em criança, recreava-se com a bola nos pés. Hoje, escreve sobre quem realmente faz magia com ela. Detém um incessante gosto por ouvir os protagonistas e uma grande curiosidade pelas histórias que contam. É licenciado em Jornalismo e Comunicação pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e frequenta o Mestrado em Jornalismo da Escola Superior de Comunicação Social.