FC Porto 74-71 Sporting CP: De Amarante ao Dragão é uma meia-final

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    A CRÓNICA: CABEÇA PERDIDA A MAIS COM BASQUETEBOL A MENOS

    Seria um jogo com muitas respostas a dar às perguntas levantadas no último. O Dragão Arena recebeu o segundo jogo desta meia-final do campeonato nacional de basquetebol entre o FC Porto e o Sporting CP, onde os dragões já levam um jogo de vantagem, com uma vitória sobre os leões por 87-68.

    O show abriu com espetáculo de Mike Morrison. Uma desconcentração na defesa do Sporting CP levou ao afundanço do jogador da formação azul e branca, sem contestação. Era mesmo o jogo das respostas, e o FC Porto queria mostrar isso mesmo, enquanto o Sporting CP se mostrava algo apreensivo.

    A verdade é que houve algo que o Sporting CP começou a fazer com o passar do tempo de jogo: descomplicar algo que é mais simples do que estavam a fazer parecer. Com jogadas “mais tradicionais”, os leões foram desbloqueando o duelo. Prova disso foi Travante Williams que se foi destacando e levou os leões a um parcial de 14-18 no primeiro período.

    No segundo quarto, as situações equilibraram-se parte a parte. Francisco Amarante disse “presente” e foi dos jogadores mais predominantes, com o FC Porto a conseguir mesmo a dar a volta ao resultado. No Sporting CP faltava eficácia às ofensivas rápidas, dada a quantidade de ataques inconsequentes dos leões. Saíram por cima os dragões, com o marcador de 34–32 à entrada para o intervalo, com Travante Williams a fechar com dois pontos para os leões.

    De volta ao terreno de jogo, o espetáculo e o brilho desvaneceram. Os ânimos exaltaram-se e culminou em três expulsões. Rashard Odomes, António Monteiro e João Fernandes viram-se obrigados a abandonar devido a conflitos. Isto não é basquetebol e, na verdade, não é nada.

    Voltando ao que importa. A eficácia que faltava ao Sporting CP, muito possivelmente, residia nas mãos dos jogadores do FC Porto. A vantagem dos dragões ia aumentando, com os leões a correr atrás do prejuízo. 59-51 à entrada para os últimos dez minutos, vencia a equipa da Invicta.

    A diferença pontual conseguir ir do oito ao 80… ou dos dez aos três. A eficácia chegou a um ponto em que se deve ter cansado e deixou de aparecer em qualquer uma das equipas e o jogo era feito à base dos ataques e contra-ataques pouco consequentes. Travante acabou o jogo mais cedo, depois de cometer cinco faltas e o Sporting CP ficou sem um dos seus jogadores mais importantes a escassos minutos do final, enquanto procurava uma melhor resultado. Apesar do esforço, não foi possível.

    O FC Porto leva mais uma vitória nesta meia-final, e consegue o 2-0, depois de vencer o Sporting CP em casa por 74-71. As decisões passam, agora, pelo Pavilhão João Rocha.

     

    A FIGURA

    Fonte: Diogo Cardoso / Bola na Rede

    Francisco Amarante – Jogou e fez jogar. Foi o homem das decisões. Não fez parte do cinco inicial, mas não deixou de ser o mais preponderante da equipa azul e branca.

    O FORA DE JOGO

    Fonte: Diogo Cardoso / Bola na Rede

    Ânimos exaltados – Tinha tudo para ser um verdadeiro espetáculo de basquetebol, não fossem duas das melhores equipas portuguesas a defrontarem-se, mas tudo se estragou. Logo depois de findar o intervalo, a confusão instalou-se no terreno de jogo e perdeu-se o rumo. Perdeu-se o que importa do basquetebol: o basquetebol.

     

    ANÁLISE TÁTICA – FC PORTO

    De volta ao cinco inicial habitual, o FC Porto entrou bastante agressivo defensivamente, com muita pressão sobre o portador da bola e mesmo a nível individual, com defesa a campo inteiro.

    A nível ofensivo, o FC Porto optava por deixar a decisão nas mãos de Francisco Amarante, ou criava ofensivas de rápida rotatividade. 

    5 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Rashard Odomes (3)

    Vlad Voytso (6)

    Jonathan Arledge (8)

    Mike Morrison (7)

    Charlon Kloof (6)

    SUBS UTILIZADOS

    Francisco Amarante (9)

    Brad Tinsley (7)

    Miguel Queiroz (6)

    João Soares (6)

    Miguel Correia (-)

     

    ANÁLISE TÁTICA – SPORTING CP

    Com o cinco inicial mais usual, o Sporting CP abordou o jogo da maneira defensiva mais convencional: defesa a meio-campo com pressão individual e marcação cerrada ao portador da bola.

    A nível ofensivo, depois da apreensão inicial, a formação de Alvalade optou por jogadas mais simples e tradicionais que acabaram por descompensar a defensiva portista.

    5 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Travante Williams (8)

    Mike Fofana (6)

    Diogo Ventura (6)

    João Fernandes (3)

    Joshua Patton (6)

    SUBS UTILIZADOS

    Justin Tuoyo (6)

    Miguel Cardoso (6)

    Diogo Araújo (7)

    António Monteiro (3)

    Shakir Smith (6)

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    Andreia Araújo
    Andreia Araújohttp://www.bolanarede.pt
    A Andreia é licenciada Ciências da Comunicação, no ramo de Jornalismo. Depois de ter praticado basquetebol durante anos, encontrou no desporto e no jornalismo as suas maiores paixões. Um dos maiores desejos é ser uma das vozes das mulheres no mundo do desporto e ambição para isso mesmo não lhe falta.