DeMarcus Cousins: Talento e Caos

    Cabeçalho modalidadesNinguém tem dúvidas do valor e do talento de Cousins. Os números não deixam dúvidas: esta época, o jogador conta com uma média de 29 pontos e 10,7 ressaltos por jogo.

    No entanto, nem tudo é fantástico e brilhante no camisola 15 dos Sacramento Kings. O temperamento de DeMarcus Cousins é capaz de ser um dos mais complicados do mundo da NBA. A quantidade de polémicas em torno do poste é demasiada: desde agressividade para com repórteres até expulsões (mais frequentes que o desejável). Cousins tem este defeito de achar que o mundo conspira contra ele e não saber lidar com o facto de nem sempre as decisões serem justas.

    Um dos momentos mais caricatos aconteceu no início desta semana. Depois de um drama com um repórter do Sacramento Bee, DeMarcus vem a público pedir desculpa pela atitude. Com uma nova oportunidade de se redimir, no jogo contra os Trail Blazers, o jogador consegue ser expulso e, de seguida, “des-expulso”. O que quero dizer é: o número 15 é acusado de cuspir para o banco da equipa de Portland e, consequentemente, é expulso. Mais tarde, os árbitros, ao verem a repetição, concluem que Cousins “cospe” a proteção da boca, acidentalmente, e deixam-no retornar ao jogo. Ótima notícia para o jogador, que estava a realizar uma excelente partida. O jogo acabou com os Sacramento a vencerem os Blazers, com uns fantásticos 55 pontos marcados por DeMarcus. Se isso foi motivo de felicidade para o poste? Não. No final do jogo, apenas mostrou frustração e revolta pela expulsão “injusta”. Mais uma vez, Cousins sente-se “injustiçado”: “É ridículo. É óbvio o que está aqui a ser feito. Acontece todas as noites. Espero que o mundo agora consiga ver o que realmente se passa aqui. Começa a ser ridículo. É completamente ridículo. Sim, [perder a proteção da boca foi acidental], “meu”. Sim. Isto é ridículo. Ridículo.”

    Fonte: usatoday
    Cousins é um dos melhores postes da NBA
    Fonte: usatoday

    O talento e o caos, quando se fala de DeMarcus Cousins, andam sempre de mãos dadas. A questão que agora se coloca é: deverão os Sacramento continuar a “forçar” a relação com o camisola 15? Acho que está à vista de todos que os Kings não podem dar mais nada ao seu jogador, tal como este não pode dar mais nada à equipa. Talvez fosse altura de Cousins respirar novos ares, arejar as ideias e, quem sabe, ganhar algum juízo. Mas quem o quererá? Quem terá coragem de pegar nesta bomba-relógio imprevisível?

    O quanto se ganharia se o talento viesse sempre com juízo agarrado…

    Foto de capa: massappeal.com

    Artigo revisto por: Francisca Carvalho

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    Joana Libertador
    Joana Libertadorhttp://www.bolanarede.pt
    Tem a vaidade, o orgulho, a genica, a chama imensa. Para além da paixão incontrolável pelo Benfica, tem um carinho especial pelas equipas que vestem vermelho e branco. Menos na NBA. Aí sofre por aqueles que vestem branco, ou azul, ou amarelo, ou preto (depende do dia) - os GS Warriors.                                                                                                                                                 A Joana escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.