Preparem as câmaras, o espetáculo Duke vem aí

    Duke é uma das escolas mais vitoriosas no basquetebol universitário norte-americano e uma das maiores exportadoras de talento para a NBA. Orientadas pelo já lendário Mike Krzyzewski, os Blue Devils sempre foram conhecidos pelo seu jogo mais organizado e virado para os fundamentos. Porém, este ano apareceu um trio que obrigará o “Coach K” a um basquetebol mais rápido, espetacular e que deixa os seus jogadores explanar o seu talento ao mesmo que são preparados para a vida na NBA, daqui a um ano.

    A quantidade de estrelas da NBA que saíram de Duke é de deixar qualquer um surpreendido. Só nos últimos anos podemos olhar para Jayson Tatum, Brandom Ingram, Justise Winslow, Jabari Parker ou Kyrie Irving. Para 2019, Duke colocou-se uns bons passos à frente dos seus rivais ao assegurar três dos cinco melhores jogadores saídos do liceu, isto se não forem mesmo os três melhores: RJ Barrett, Cameron Reddish e Zion Williamson.

    Cam Reddish é talvez o mais discreto dos três, mas um talento a ter, obviamente, em conta. É um defensor tenaz, com um físico que impõe respeito e que lhe permite jogar em qualquer posição entre 1 e 4 (tanto defensiva como ofensivamente). No ataque ainda precisa de desenvolver um lançamento que já é, ainda assim, melhor do que os números parecem apontar. Tem facilidade no drible e na criação de cestos fáceis para si e para os seus colegas.

    O canadiano Barrett é a estrela principal e o candidato principal a ser a escolha número um do draft da NBA em 2019. É um faz-tudo no ataque, com muita facilidade em atacar o cesto em força e com um lançamento que faz os defesas pensarem duas vezes antes de lhe darem espaço. Basicamente, coloquem a bola nas mãos dele e deixem-no jogar. RJ vai marcar ou assistir um colega na grande parte das vezes.

    Apesar do “fenómeno Zion”, Barrett é o favorito para ser a primeira escolha no draft de 2019
    Fonte: Duke Basketball

    Por fim, Zion Williamson. A maneira mais fácil de o descrever será chamar-lhe “bicho”. É uma força da natureza autêntica, com um poder de explosão surpreendente. Zion é já uma sensação na internet pela maneira quase condescendente como dominou no secundário. A cada jogo, Williamson tinha mais um “highlight show” para mostrar e uma base de fãs a crescer. É um poste imponente, com um poder de salto incrível e, tal como os seus colegas, uma facilidade tremenda para ter a bola na mão, embora precise de uma melhor capacidade de lançamento.

    O mote desta equipa terá de ser sempre “puxar a bola”. Ganhar o ressalto ou repor rápido e avançar em velocidade no terreno, como se os adversários fossem pinos para contornar. Mike Krzyzewski tem em Duke uma geração de basquetebol espetáculo à espera dos conselhos de um dos melhores treinadores que o basquetebol já viu antes de se estabelecerem na NBA. Por isso, preparem as vossas câmaras, o twitter e o youtube porque o “Circo Duke” chegou à cidade e vai ficar por uns tempos.

    Foto de Capa: Duke Basketball

    Artigo revisto por: Rita Asseiceiro

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    António Pedro Dias
    António Pedro Diashttp://www.bolanarede.pt
    Tem 22 anos, é natural de Paços de Ferreira e adepto do SL Benfica. Desde muito pequeno que é adepto de futebol, desporto que praticou até aos 13 anos, altura em que percebeu que não tinha jeito para a coisa. Decidiu então experimentar o basquetebol e acabou por ser amor à primeira vista. Jogou até ao verão passado na Juventude Pacense e tem o Curso de Grau I de treinador de basquetebol desde os 19. O gosto pela NBA surgiu logo quando começou a jogar basquetebol e tem vindo a crescer desde então, com foco especial nos Miami Heat.                                                                                                                                                 O António escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.