Existe um velho ditado que diz que é difícil chegar ao topo, mas é muito mais difícil manter-se lá em cima. A equipa de basquetebol do SL Benfica, depois de ter conquistado os seus primeiros troféus da sua história na época passada, nesta temporada, conseguiu tornar-se na primeira equipa da história do basquetebol a conquistar os quatro troféus nacionais numa só época.
Mais do que o projeto implementado, que permitiu juntar a esta equipa algumas das melhores jogadoras nacionais e jogadoras estrangeiras de qualidade, implementou-se também uma cultura e uma mentalidade de vitória muito forte nesta equipa, que permitiu superar-se nos momentos decisivos da época. No entanto, nem sempre foi assim ao longo da curta história desta secção após a sua recriação.
Depois de terem subido de divisão duas épocas consecutivas, alcançando a primeira divisão em 2014, a equipa de basquetebol feminino do Benfica esteve teve várias épocas em que o objetivo se resumia a uma chegada aos play-offs. Apesar da equipa ter tido algumas jogadoras de qualidade nesse período, o projeto não mostrava a estabilidade necessária para fazer do Benfica uma equipa capaz de lutar por troféus.
Os primeiros ventos de mudança surgiram na temporada 2019/2020, época na qual seria contratada a base internacional portuguesa Joana Soeiro, que se tornaria num dos pilares da equipa que viria a formar uma hegemonia no basquetebol nacional.
Basquetebol feminino: Benfica sagra-se bicampeão nacional. pic.twitter.com/s0xNsUz2eC
— Cabine Desportiva (@CabineSport) May 8, 2022
Nessa temporada, o Benfica conquistou o Torneio Vítor Hugo, sendo que aquando do cancelamento da época causado pela pandemia estavam em quinto lugar no campeonato. Mas o melhor ainda estaria por vir.
No Verão de 2020, no meio da incerteza causada pela pandemia, o basquetebol feminino do Benfica começaria realmente a apostar forte com o objetivo de conquistar troféus. Eugénio Rodrigues sucedeu a Isabel Ribeiro dos Santos no comando técnico da equipa. Com o devido respeito por todas as outras pessoas que trabalham nesta secção, a contratação de Eugénio rodrigues foi o principal game changer na gestão desta equipa.
Junto com ele, chegariam algumas jogadores que se tornariam peças importantes que ajudaram esta equipa a começar a fazer história, como as internacionais portuguesas Carolina Gonçalves e Laura Ferreira, e as norte-americanas Japonica James e Altia Anderson, que juntamente com jogadoras como Joana Soeiro, Mariana Carvalho, Marta Martins e Mariana Silva, formariam a espinha dorsal da equipa que conquistaria a Dobradinha e seria autora da sua própria história.
No entanto, esta secção viria a mostrar que a sua ambição não ficava por aqui e que pretendia fazer perdurar o domínio a nível nacional, construindo um plantel ainda mais forte e profundo que o da última temporada e a equipa encarnada conseguiu fazer mais história, conquistando um total de seis troféus consecutivos, não dando hipóteses à concorrência.