Nova hegemonia no basquetebol feminino | SL Benfica

    Para esta temporada, algumas jogadoras entraram e saíram (casos das norte-americanas e de Mariana Carvalho), mas as caras novas que fizeram parte da equipa nesta temporada, deram um contributo importante para o Poker de troféus conquistados.

    Entre essas caras novas, começo por falar da norte-americana Taylor Peacocke. Surpreendentemente, esta jogadora teria a sua primeira experiência num contexto sénior aos 27 anos. Depois de se ter formado na WWU Women’s Basketball, Taylor Peacocke ficaria alguns anos sem competir, tendo pelo meio enfrentado uma batalha contra o cancro.

    Depois de recuperada, o Benfica deu-lhe a possibilidade de fazer aquilo que mais ama e a verdade é que apesar dos anos sem competir levantarem alguns pontos de interrogação em relação ao que poderia dar à equipa, a base norte-americana realizou uma época em crescendo.

    Tornou-se numa peça importante da equipa, sobretudo no capítulo ofensivo, registando médias de 10,8 pontos, 4,5 ressaltos e 44% de eficácia nos lançamentos de dois pontos, 34% de eficácia nos triplos e 89% de eficácia em lances livres (segundo melhor registo do campeonato neste capítulo). Uma campeã no Benfica e na vida.

    A base Ana Carolina Rodrigues foi mais um reforço para o backcourt. A base internacional portuguesa já tinha trabalhado com Eugénio Rodrigues no Olivais no FC e foi uma jogadora que à medida que a época foi avançando, foi tendo um papel cada vez mais proponderante na rotação, mostrando-se como uma jogadora que se transcende nos grandes jogos. Contabilizando apenas os jogos do play-off, Ana Carolina Rodrigues teve uma média de 10,4 pontos, o que diz bem da forma e da importância da jogadora no momento decisivo da época.

    O reforço mais sonante seria Raphaella Monteiro da Silva. Quem acompanhava o campeonato, já tinha plena noção da craque que esta jogadora é. A extremo internacional brasileira veio para o Benfica depois de ter brilhado na União Sportiva e na Quinta dos Lombos e que causou impacto imediato na equipa orientada por Eugénio Rodrigues.

    Raphaella Silva mostrou o que vale desde o primeiro ao último jogo. Uma jogadora multifacetada, com uma grande capacidade atlética e capaz de fazer de tudo na quadra, sendo uma jogadora fundamental nos dois lados do campo. Para além do poker de troféus, Rapha também conseguiu fazer o poker de distinções individuais: MVP da Supertaça, MVP da final da Taça de Portugal, MVP da final da Taça da Federação e MVP das finais do play-off.

    Já na segunda metade da temporada, chegaria a outra jogadora que desempenhou um papel importante. A argentina Candela Gentinetta reforçou a equipa em Janeiro para substituir a mexicana Myriam Ackermann; e a poste de 21 anos viria a dar o boost no jogo interior que faltava à equipa, sendo uma jogadora bastante influente na luta nas tabelas e que é um poço de energia, personificando a típica raça latino-americana. Terminou a época com médias de 10 pontos e 7,9 ressaltos, 51% de eficácia no lançamento de dois pontos e teve ainda a terceira melhor média de ressaltos ofensivos do campeonato (3,4).

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    Tiago Serrano
    Tiago Serranohttp://www.bolanarede.pt
    O Tiago é um jovem natural de Montemor-o-Novo, de uma região onde o futebol tem pouca visibilidade. Desde que se lembra é adepto fervoroso do Sport Lisboa e Benfica, mas também aprecia e acompanha o futebol em geral. Gosta muito de escrever sobre futebol e por isso decidiu abraçar este projeto, com o intuito de crescer a nível profissional e pessoal.