Portugal: Missão cumprida!

    As opções do técnico

    No ataque as lacunas foram evidentes. Face a adversários poderosos lançámos mal, como atestam os números finais: 26% em lançamentos de campo, 19% nos triplos, 30% nos duplos, e só fomos razoáveis nos lances livres, com 69% . O modelo de jogo nacional tem por objectivo preservar a posse de bola, utilizando movimentos inicias em que os jogadores procuram castigar a defesa contrária (“False Play”) e depois rentabilizar ao limite os atletas com maior potencial. A opção passou quase sempre por jogar em meio campo, deixando claramente de lado a hipótese do contra ataque.

    Não temos muitos recursos humanos, o que “obrigou” o treinador a rodar pouco a equipa, utilizando quase sempre as mesmas: Ana Ramos (37 minutos em média), Luana Serranho (31 minutos), Maryam CHermiti (31 minutos), Tess Santos (27 minutos), Beatriz Jordão (20 minutos), Mariana Silva (16 minutos) e Eliana Cabral (12 minutos).

    O que pode eventualmente ser questionado é o facto de não termos incluído na equipa algumas jogadoras de talento com idade de sub-16 . Provavelmente teriam o mesmo rendimento que as jovens; talvez menos utilização, mas ganhariam experiência internacional, que é coisa que nos faz muita falta…

    Tess Santos tenta roubar a bola Fonte: FIBA
    Tess Santos tenta roubar a bola
    Fonte: FIBA

    Na defesa estivemos bem melhor. A equipa foi colectiva e agressiva, e consegui limitar a eficácia ofensiva dos contrários (sofremos menos de 60 pontos em quatro jogos e só nos últimos jogos deixámos marcar mais).

    Contrariamente ao Campeonato da Europa ficou a ideia de que defendemos menos vezes à zona e arriscámos pouco nas defesas pressionantes em todo o campo .

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    Mário Silva
    Mário Silvahttp://www.bolanarede.pt
    De jogador a treinador, o êxito foi uma constante. Se o Atletismo marcou o início da sua vida desportiva enquanto atleta, foi no Basquetebol que se destacou e ao qual entregou a sua vida, jogando em clubes como o Benfica, CIF – Clube Internacional de Futebol e Estrelas de Alvalade. Mas foi como treinador que se notabilizou, desde a época de 67/68 em que começou a ganhar títulos pelo que do desporto escolar até à Liga Profissional foi um passo. Treinou clubes como o Belenenses, Sporting, Imortal de Albufeira, CAB Madeira – Clube Amigos do Basquete, Seixal, Estrelas da Avenidada, Leiria Basket e Algés. Em Vila Franca de Xira fundou o Clube de Jovens Alves Redol, de quem é ainda hoje Presidente, tendo realizado um trabalho meritório e reconhecido na formação de centenas de jovens atletas, fazendo a ligação perfeita entre o desporto escolar e o desporto federado. De destacar ainda o papel de jornalista e comentador de televisão da modalidade na RTP, Eurosport, Sport TV, onde deu voz a várias edições de Jogos Olímpicos e da NBA. Entusiasmo, dedicação e resultados pautam o percurso profissional de Mário Silva.                                                                                                                                                 O Mário escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.