As opções do técnico
No ataque as lacunas foram evidentes. Face a adversários poderosos lançámos mal, como atestam os números finais: 26% em lançamentos de campo, 19% nos triplos, 30% nos duplos, e só fomos razoáveis nos lances livres, com 69% . O modelo de jogo nacional tem por objectivo preservar a posse de bola, utilizando movimentos inicias em que os jogadores procuram castigar a defesa contrária (“False Play”) e depois rentabilizar ao limite os atletas com maior potencial. A opção passou quase sempre por jogar em meio campo, deixando claramente de lado a hipótese do contra ataque.
Não temos muitos recursos humanos, o que “obrigou” o treinador a rodar pouco a equipa, utilizando quase sempre as mesmas: Ana Ramos (37 minutos em média), Luana Serranho (31 minutos), Maryam CHermiti (31 minutos), Tess Santos (27 minutos), Beatriz Jordão (20 minutos), Mariana Silva (16 minutos) e Eliana Cabral (12 minutos).
O que pode eventualmente ser questionado é o facto de não termos incluído na equipa algumas jogadoras de talento com idade de sub-16 . Provavelmente teriam o mesmo rendimento que as jovens; talvez menos utilização, mas ganhariam experiência internacional, que é coisa que nos faz muita falta…
Na defesa estivemos bem melhor. A equipa foi colectiva e agressiva, e consegui limitar a eficácia ofensiva dos contrários (sofremos menos de 60 pontos em quatro jogos e só nos últimos jogos deixámos marcar mais).
Contrariamente ao Campeonato da Europa ficou a ideia de que defendemos menos vezes à zona e arriscámos pouco nas defesas pressionantes em todo o campo .