Os jogadores portugueses
O basquetebol masculino tem agora continuidade com a competição internacional de selecções. A tarefa do seleccionador Mário Palma não se está a revelar fácil; no sector masculino a crise já é longa. Ao contrário do que sucede com o sector feminino, o aproveitamento dos CARS foi modesto. Algumas medidas regulamentares têm sido desenvolvidas; contudo, está mais que provado que a melhoria e o aparecimento de jogadores nacionais não se faz por decreto mas sim através da criação de condições para termos melhores competições. Como ficou mais uma vez provado, o problema não é o número de estrangeiros (a qualidade, isso sim…) porque os jogadores nacionais mais aptos jogam sempre e sobrevivem.
Naturalmente alguns dos potencias internacionais jogaram a final, com particular destaque para João Soares (SL Benfica) e Miguel Queiroz (FC Porto), que estiveram a um bom nível, jogando muitos minutos. Já os bases do SL Benfica Mário Fernandes e Tomás Barros tiveram dificuldades em acertar o ritmo da equipa, enquanto José Silva (FC Porto) e Pedro Bastos (FC Porto) deram contributos positivos.
A nova época já mexe…
Com o regresso do FC Porto o basquetebol animou um pouco. É pena que o Sporting ainda não tenha acordado para dar ainda mais brilho à prova. Com o regresso do histórico Atlético e do Illiabum a prova ganha nova vida e na minha opinião isto justificava a criação de uma Liga profissional autónoma da FPB. Poderiam assim os clubes rentabilizar custos e criar um produto capaz de interessar aos patrocinadores e aos adeptos, e dar significado à carreira de jogador e de treinador.
Sem perderem tempo ambos os conjuntos preparam já a próxima época.
O FC Porto ganhou mas sabe que não pode adormecer. Assim, garantiu a continuidade do norte-americano Brad Tinsley (outro jogador colectivo que foi o melhor marcador e o grande responsável por marcar os ritmos do ataque) e procura garantir a continuidade de Troy DeVries.
No lado do SL Benfica o treinador Carlos Lisboa gosta de ganhar e tem experiência mais do que suficiente para proceder a alterações no perfil dos recrutados. Um sinal já foi dado: o trio Daequan Cook, Jeremiah Wilson e Ivica Radic já não regressa na próxima época.
Foto de Capa: FC Porto