Campeonatos do Mundo de Ciclismo de Estrada – ITT Masculino: Dennis vence, com Nelson Oliveira a fechar no 8.º lugar

     

    Realizou-se, hoje, a primeira prova de elites masculinos nos campeonatos do mundo. Era dia de contrarrelógio, num percurso entre Northhallerton e Harrogate, em Inglaterra, num total de 54 quilómetros. No final, foi Rohan Dennis o ciclista mais forte do dia, renovando assim o título de melhor do Mundo, visto que já tinha ganho em 2018.

    Uma prova recheada com os melhores especialistas de contrarrelógio, estando presentes três antigos campeões do mundo: Tony Martin, Vasil Kiryienka e o vencedor do ano passado, Rohan Dennis.

    Para termos a noção da enorme extensão deste contrarrelógio, o número mais próximo de quilómetros nesta temporada foi alcançado no Tour of Qinghai Lake na China, com 42 quilómetros de percurso.

    Houve várias equipas representadas, com especial destaque para a Team INEOS com cinco homens e para a Deceuninck-Quick-Step com quatro unidades.

    O contrarrelógio teve como melhor tempo na sua fase inicial um nome pouco conhecido no pelotão internacional, o britânico John Archibald. De seguida, Alex Dowsett – outro britânico – a atingir o melhor tempo, no entanto, foi curta a estadia no cadeirão, visto que o jovem prodígio Evenepoel acabou por saltar para o primeiro lugar com um tempo fantástico, de 1h:06m:14s, tirando praticamente um minuto para toda a concorrência.

    Patrick Bevin e Filippo Ganna também fizeram um grande tempo, com 1h:07m:02s e 1h:07m:00s, respetivamente. Melhor que estes tempos, apenas um ciclista o conseguiu fazer, de seu nome, Rohan Dennis. Com um tempo canhão de 1h:05m:05s, retirou mais de um minuto a Evenepoel.

    Dennis dobrou durante a prova, Campenaerts que foi um dos azarados do dia, acabando por cair e ter que trocar de bicicleta mais tarde. Ele que era um dos favoritos e o detentor do recorde da hora. Como se não bastasse ainda dobrou mais à frente Primoz Roglic, um dos melhores contrarrelogistas do mundo e o atual vencedor da Vuelta. O australiano acabou a prova com uma média de 49.782 km/h.

    No final da prova, tivemos o português Nelson Oliveira a acabar num honroso oitavo lugar, acabando pela quarta vez num top dez do campeonato do mundo. Ele que esteve em lugares de medalhas por várias vezes, mas não acabou por resistir aos quilómetros finais onde esteve em quebra, acabando com 48.178 km/h de média final.

    Talvez aquelas três semanas de Vuelta tenham custado caro às aspirações do português. A última vitória do português foi em 2016, nos campeonatos nacionais em Portugal.

    O português esteve novamente em grande plano num contrarrelógio dos mundiais
    Fonte: Movistar Team

    No final tivemos a Austrália no primeiro lugar do pódio com Rohan Dennis, que somou o seu 28.º triunfo da carreira. Em segundo lugar a Bélgica, mesmo com os azares de Campenaerts e com a queda de Yves Lampaert, o menino Evenepoel no seu primeiro ano de World Tour acabou por ganhar a medalha de prata! É o mais jovem de sempre a estar num pódio dos campeonatos do mundo. Por fim, o jovem Filippo Ganna levou a Itália ao último lugar do pódio, ele que é o atual campeão nacional de Itália nesta especialidade.

    TOP 10 FINAL:

    1.º – Rohan Dennis (Austrália) 1:h:05m:05s

    2.º – Remco Evenepoel (Bélgica) +1m:09s

    3.º – Filippo Ganna (Itália) +1m:55s

    4.º – Patrick Bevin (Nova Zelândia) +1m:58s

    5.º – Alex Dowsett (Grã Bretanha) +2m:02s

    6.º – Lawson Craddock (E.U.A) +2m:08s

    7.º – Tanel Kangert (Estónia) m.t

    8.º – Nelson Oliveira (Portugal) +2m:10s

    9.º – Tony Martin (Alemanha) +2m:27s

    10.º – Stefan Kung (Suiça) +2m:47s

    Foto de Capa: Yorkshire 2019

    Artigo revisto por Diogo Teixeira[tps_header][/tps_header]

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    André Filipe Antunes
    André Filipe Antuneshttp://www.bolanarede.pt
    O André é licenciado em Marketing e Publicidade e um fã incondicional de ciclismo. Começou desde pequeno a ter uma paixão pelo desporto, através do futebol. Chegava a saber os plantéis de todas as equipas da Primeira Liga! Com o tempo, abriu-se o horizonte e o interesse para outros desportos, como o Ciclismo, o Futsal e, mais recentemente, a NBA. Diz que no Ciclismo existem valores e táticas que mais nenhum desporto possui e ambiciona um dia ter a oportunidade de assistir ao vivo a um evento deste calibre.