O italiano Sonny Colbrelli sagrou-se, este domingo, vencedor da 118.ª edição do Paris-Roubaix, batendo Mathieu Van der Poel e Florian Vermeersch no sprint. Foi a sua primeira participação na prova francesa e logo a fechar com chave de ouro.
Depois do interregno de 2020, a prova voltou à estrada, com condições climatéricas favoráveis a complicações, visto que a chuva e a lama foram uma constante durante o dia.
Para além de ser um dos cinco monumentos, o Paris-Roubaix é, para muitos, a prova de um dia mais bela do calendário internacional. Os trilhos de empedrado, o cenário envolvente, a euforia do público e a dureza do percurso colocam a prova noutro patamar – um verdadeiro “Inferno do Norte”!
Foi uma edição que trouxe a chuva, 18 anos depois, para causar ainda mais dificuldades aos ciclistas. Foram 258 quilómetros com muitas quedas e furos à mistura, mas, no final, foram apenas três a discutir o triunfo.
Vários nomes importantes ficaram afastados da discussão final devido a infortúnios. Foi o caso de: Stefan Kung, Peter Sagan, Edward Theuns, Mads Pedersen, Florian Senechal, Lampaert, Asgreen e Jasper Stuyven. O português André Carvalho também foi ao chão quando até estava a realizar uma boa prova.
A corrida começou a intensificar-se a 62 quilómetros do fim, quando Gianni Moscon, Tom Van Asbroeck e Florian Vermeersch seguiam isolados na frente. Após nove quilómetros, o italiano Moscon despachava os seus colegas e seguia numa jornada a solo. Mathieu Van der Poel vinha atrás juntamente com Boivin e Colbrelli.
Wout Van Aert seguia num terceiro grupo, visto que não conseguiu responder às movimentações de MVDP no setor 17 de empedrado. O ataque do holandês estragou as contas a vários nomes importantes, quando ainda faltava muita corrida.
A vantagem de Moscon para os perseguidores, a 30 quilómetros do final, era de pouco mais de um minuto. Mas depois vieram os problemas, pois o italiano furou a 30 km do final e caiu 4000 metros depois, devido a uma escorregadela numa zona lamacenta.
Com Asbroeck para trás e com a queda de Boivin, eram apenas três na perseguição, chegando depressa a Moscon, que viu a sua vantagem a esfumar-se.
Foto de capa: Parix Roubaix