Moscon ficaria para trás, deixando o pódio completo na frente. Ainda houve algumas tentativas de longe, mas acabou tudo resumido ao sprint final.
Depois do último setor de pavé, foi Mathieu Van der Poel quem assumiu a liderança do grupo, praticamente até à entrada do Velódromo de Roubaix, juntamente com Colbrelli e Vermeersch.
O jovem belga da Lotto Soudal lançava o sprint, mas o campeão europeu de estrada fez sentir a sua presença com nova vitória na “bagagem”. Vermeersch fecharia em segundo lugar, enquanto o titã MVDP acabava em terceiro. Moscon ainda arrebatou um honroso quarto posto.
🥇@sonnycolbrelli wins 118th @Paris_Roubaix ! He’s the strongest debutant.#RideAsOne #ParisRoubaix
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— Team Bahrain Victorious (@BHRVictorious) October 3, 2021
Talvez possamos afirmar que os grandes derrotados foram os elementos da Deceuninck-Quick Step. Desde 2012 que a equipa belga Quick Step vinha a colocar pelo menos um elemento no pódio da corrida.
A equipa Trek-Segafredo também tinha várias cartas para jogar, mas, com tantos azares, saiu tudo “furado”. Apesar do sétimo lugar, Wout Van Aert atingiu a sua melhor classificação na prova.
Os portugueses André Carvalho e Rui Oliveira não terminaram a prova.
Sonny Colbrelli conseguiu amealhar a sua oitava vitória da temporada, depois de já ter sido campeão nacional italiano e europeu de estrada. Aos 31 anos, o corredor natural da região da Lombardia, mais especificamente da província de Brescia, atinge a sua melhor época de sempre.
“Inacreditável, este foi o meu primeiro Paris-Roubaix e acabei por ganhá-lo. Não sei, estou muito feliz. Hoje foi um dia lendário aqui em Roubaix, com tanta chuva e mau tempo desde o início e um ataque a 90 km do final, depois de Arenberg. Eu segui apenas o Van der Poel na parte final e, nos metros finais, tive um super-sprint. Segui o Mathieu, mas o corredor da Lotto Soudal foi quem começou a sprintar a 200 metros do fim. Penso que o ultrapassei para a vitória apenas a 20 ou 25 metros da linha de meta”, referiu o italiano da Bahrain-Victorious.
“Eu estava no meu limite no final. Foi super difícil, porque eu tive de prestar atenção às quedas nos primeiros setores e depois houve sempre stress para estar bem posicionado à entrada dos setores de empedrado. Este ano está a ser o meu ano. Estou muito feliz”, disse Colbrelli.
Artigo revisto por Andreia Custódio