O melhor Leitão serviu-se em Londres | Ciclismo de Pista

    A prestação da comitiva portuguesa ao longo da primeira edição da Liga dos Campeões de Ciclismo de Pista não podia ter terminado de melhor forma. Diretamente de Viana do Castelo para rivalizar com a região da Bairrada, o melhor Leitão do último fim-de-semana serviu-se em Londres, no Lee Valley Velo Park e com um triunfo espetacular na prova de eliminação.

    No seguimento do arranque positivo nas provas que tiveram lugar em Espanha e na Lituânia, Iuri Leitão garantiu o quarto posto da classificação geral, numa competição que coroou Gavin Hoover como grande vencedor. O jovem de 23 anos – de partida para a Caja-Rural em 2022-, triunfou sobre Aaron Gate, que se revelou incapaz de responder ao ataque final do português na “negra”.

    Por linhas tortas – escapou milagrosamente a uma queda na última volta – escreveu-se esta história, mas na prova de Scratch: Iúri Leitão arrancou cedo, tentando distanciar-se do pelotão, porém, sem sucesso. No final, o oitavo lugar conseguido nesta especialidade em nada comprometeu a confiança do ciclista português para a prova de eliminação, tendo em vista não só a vitória, assim como a subida de posições na tabela classificativa.

    O bom posicionamento e a capacidade de explosão revelaram-se fundamentais para arquitetar uma conquista cheia de estilo, pulmão e pernas. O sucedido abrilhantou um excelente ano para Iúri Leitão, culminando simultaneamente com a conquista de três medalhas entre Mundiais e Europeus.

    O ciclismo português esteve em destaque na estreia da Liga dos Campeões de ciclismo de pista também pelo excelente resultado de outro talento luso. Maria Martins exibiu-se a grande nível, terminando numa honrosa segunda posição no scratch feminino (terceiro posto na geral). Katie Archibald, a correr em casa, venceu a classificação geral confortavelmente.

    A jovem portuguesa não pára de colecionar aparições em grande plano apesar dos seus 22 anos. A sua apetência para a explosividade marca uma ciclista que retrata o futuro da modalidade, em termos femininos.

    Tata Martins, como é conhecida, junta esta bela prestação a um leque de sucessos importantes nesta época, como a conquista do título nacional de estrada, o diploma olímpico e um triunfo nos mundiais (categoria Omnium em sub23).

    Recorde-se que o evento em Terras de Sua Majestade teve forçosamente de ser o último devido aos constrangimentos causados pela situação pandémica em Israel. Para além do local que iria receber a última etapa desta competição, a segunda jornada, em França, acabou também por não se realizar por motivos idênticos.

    De cinco passaram a três pistas. A competição, produto da cooperação entre a UCI, Eurosport e Discovery, moldou-se através de quatro denominações principais e dois grupos de ciclistas distintos: Scratch, Eliminação, Keirin e Sprint; atletas de resistência e velocidade.

    A soma de pontos em cada especialidade constituiu-se como o método pontual para classificar o rendimento dos participantes. A iniciativa pretende dinamizar e fortalecer a qualidade do espetáculo com esta reformulação de conceitos.

    Pode consultar toda a informação regulamentar aqui.

    Foto de Capa: UVP

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    Ricardo Rebelo
    Ricardo Rebelohttp://www.bolanarede.pt
    O Ricardo é licenciado em Comunicação Social. Natural de Amarante, percorreu praticamente todos os pelados do distrito do Porto enquanto futebolista de formação, mas o sonho de seguir esse caminho deu lugar ao objetivo de se tornar jornalista. Encara a escrita e o desporto como dois dos maiores prazeres da vida, sendo um adepto incondicional de ciclismo desde 2011.