Ricardo Mestre é o grande vencedor do GP Jornal de Notícias

Mais uma edição do GP Jornal de Notícias, sendo esta a 29ª edição. A prova começou com um prólogo de 6.2km em Monção. Rafael Reis acabou por ser o homem com o melhor tempo e arrecadou a camisola amarela no primeiro dia, para a W52-FC Porto. Joni Brandão esteve perto do tempo de Rafael, mas usou mais dois segundos. António Carvalho, vencedor da edição passada, gastou mais três segundos que o seu colega de equipa. Rafael Reis que é especialista neste tipo de percurso, fez um tempo de 8m07s, a uma média de 45,832 km/h. Nota ainda para o facto da W52 ter colocado toda a sua equipa nos 13 primeiros!

Na primeira etapa em linha, tivemos a chegada a Viana do Castelo. Com uma esperada chegada ao sprint, o português João Matias, da Vito-Feirense-PNB foi o homem mais rápido. Leangel Linares( Kuota C.P) e Daniel Mestre completaram o pódio final. Rafael Reis nesta segunda etapa manteve-se líder da prova, visto que os homens da geral chegaram sem qualquer percalço. Nesta etapa Paulo Silva conquistou a camisola da montanha.

Na etapa seguinte, tivemos um tempo chuvoso e friorento, o que poderia dificultar a vida aos ciclistas. Uma etapa com 178,4 quilómetros entre Viana do Castelo e Ovar. A chegada foi feita com um sprint muito técnico, em que Leangel Linares foi o melhor na meta, o venezuelano que corre na Kuota/Construciones Paulino, em segundo ficou Rafael Silva e João Matias ocupou o terceiro lugar. A liderança foi mantida por Rafa Reis, somando assim o terceiro dia de amarelo.

Com a etapa três, chegou a revolução da geral individual. Era uma etapa curta, de apenas 70.6 kms. Foi uma etapa em que a fuga vingou, em que nomes como: Ricardo Mestre, Vicente De Mateos, Daniel Silva, Fabricio Ferrari, Alejandro Marque, Raúl Rico, Filipe Cardoso e Rafael Lourenço saíram do pelotão. Os nomes da fuga eram de alto valor e com isto a Efapel teve que trabalhar no pelotão para tentar reduzir as diferenças. Os fugitivos chegaram com 2:05m  de vantagem para o grupo principal.

O sprint entre os fugitivos aconteceu ainda bastante longe da meta, Rafael Lourenço parecia que ia ganhar, chegando mesmo a levantar os braços, mas Vicente de Mateos deu um impulso final na sua bicicleta, vencendo por centímetros. Com isto o homem da Aviludo-Louletano conquistou a desejada amarela. No entanto, tinha apenas dois segundos de vantagem para Ricardo Mestre e oito para Marque.

Na parte da tarde, para completar a etapa três, houve um trajeto de 9.6km para os ciclistas, através de um contrarrelógio coletivo. A W52-FC Porto completou o percurso em 11m03s a uma média de 52,127 km/h. A segunda classificada foi a Efapel, que gastou mais onze segundos e no terceiro lugar ficou o Sporting-Tavira a 18 segundos do primeiro. A Aviludo-Louletano fez apenas sétimo lugar e somou mais 55 segundos que a W52, sendo assim, Ricardo Mestre saltou diretamente para o primeiro lugar. Rafael Lourenço manteve-se como líder da juventude, Leangel Linares confirmou-se como o primeiro nos pontos e Paulo Silva (Fortunna/Maia) ficou na frente da camisola de montanha no final do dia. Por equipas, a W52 com este contrarrelógio afirmou o seu estatuto de primeiro lugar.

Show de Joni Brandão estava prestes a começar
Fonte: Federação Portuguesa de Ciclismo

Na quarta etapa, tivemos um ataque solitário de Joni Brandão a cinquenta quilómetros da meta, que lhe deu a vitória. A etapa no geral foi muito controlada pela W52-FC Porto, nunca deixando ultrapassar os dois minutos de vantagem. Na segunda subida de primeira categoria, Joni lançou um ataque, fazendo a ponte para a frente de corrida, onde teve ajuda do seu companheiro Bruno Silva. No final, o grupo ficou bastante reduzido pelo ritmo imposto pelos portistas, mas mesmo assim, não conseguiram alcançar Joni, chegando doze segundos depois do homem da Efapel. Joni subiu a oitavo na geral, a 1m43s de Ricardo Mestre. Com isto ainda somou o prémio de combatividade e arrecadou a camisola dos pontos.

Depois de ter ganho em Valongo, Joni Brandão foi o melhor na cronoescalada de 7,1 quilómetros, entre Santo Tirso e o alto da Senhora da Assunção. O atleta da Efapel fez a escalada em 14m59s a uma média de 28,432 km/h. Edgar Pinto foi o segundo, a nove segundos e António Carvalho fez terceiro, a 17 segundos, Mestre fez quarto lugar, ficando a 33 segundos de Joni, mantendo assim a amarela. Na geral, Mestre seguia em primeiro lugar, com um minuto de vantagem para Marque (Sporting-Tavira) e para Joni Brandão. O ciclista da Efapel estava em clara luta contra o prejuízo, visto que os homens que estavam à sua frente conquistaram a vantagem através da fuga na etapa três.

A última etapa chegava e a W52 sabia que tinha de controlar a corrida. A única fuga nesta etapa, aconteceu quando já se tinham corrido 120 quilómetros! A equipa portista não deu tréguas às investidas dos rivais. A fuga ganhou perto de cinco minutos, mas o tempo foi reduzido drasticamente no final.

O grupo já estava extremamente reduzido na parte final e a Efapel entrou ao trabalho para Joni Brandão tentar a sua derradeira investida, para assaltar a camisola amarela. A dois quilómetros do fim, o líder da Efapel atacou e cortou a meta isolado, conquistando a terceira vitória consecutiva e fazendo jus ao ditado, “não há duas sem três”. O espanhol, António Gómez fez segundo, a seis segundos e Daniel Silva fez terceiro, a oito segundos. Ricardo Mestre fez quarto lugar, com o mesmo tempo de Daniel Silva e sendo assim defendeu bem o seu primeiro lugar da geral individual, garantindo assim a renovação do título da W52 nesta prova, visto que na edição de 2018, António Carvalho foi o vencedor.

No final, Ricardo Mestre acabou com menos 36 segundos do que Joni e menos 59 do que Alejandro Marque do Sporting-Tavira. Além da camisola amarela, a W52 ganhou por equipas. Joni Brandão ganhou a camisola verde dos pontos e das metas volantes, Bruno Silva ganhou a camisola da montanha e Rafael Lourenço (Oliveirense/InOutBuild) ganhou a camisola da Juventude.

Top 10 final:

  1. Ricardo Mestre (W52-FC Porto) 20:33:24
  2. Jóni Brandão (Efapel) + 36s
  3. Alejandro Marque (Sporting-Tavira) + 59s
  4. Edgar Pinto (W52-FC Porto) +1m:28s
  5. António Carvalho (W52-FC Porto)+ 1m:32s
  6. Daniel Silva (Rádio Popular Boavista) + 1m:41s
  7. Filipe Cardoso (Vito/Feirense PNB) + 2m:26s
  8. Rafael Lourenço (UD Oliveirense/InOutBuild) +2m:32s
  9. Fabricio Ferrari (Efapel) + 2m:33s
  10. Frederico Figueiredo (Sporting-Tavira) + 2m:42s

Foto de Capa: Federação Portuguesa de Ciclismo

André Filipe Antunes
André Filipe Antuneshttp://www.bolanarede.pt
O André é licenciado em Marketing e Publicidade e um fã incondicional de ciclismo. Começou desde pequeno a ter uma paixão pelo desporto, através do futebol. Chegava a saber os plantéis de todas as equipas da Primeira Liga! Com o tempo, abriu-se o horizonte e o interesse para outros desportos, como o Ciclismo, o Futsal e, mais recentemente, a NBA. Diz que no Ciclismo existem valores e táticas que mais nenhum desporto possui e ambiciona um dia ter a oportunidade de assistir ao vivo a um evento deste calibre.

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