Tour de França | Análise no primeiro dia de descanso

    Os ciclistas já suplicavam por um dia de descanso. Após dez dias consecutivos em cima da bicicleta, a dar o máximo, chegou finalmente o merecido dia de pausa. Foram dez vencedores diferentes em dez dias de prova. Isto só demonstra o equilíbrio existente na prova francesa.

    A edição deste ano da Volta à França começou em Bruxelas. Uma etapa que terminou ao sprint, com um vencedor improvável para muita gente. Mike Teunissen teve que assumir o papel de sprinter da Jumbo-Visma, isto porque Groenewegen tinha caído, já nos últimos metros, sendo que Teunissen assumiu o sprint e acabou por não desiludir.  Venceu a etapa e vestiu a amarela pela primeira vez na sua carreira.

    Nos 4 Jours de Dunkerque, a equipa usou várias vezes a tática do: “ora sprintas tu, ora sprinto eu”, com Groenewegen e Teunissen. Resultou. Ambos ganharam etapas e a geral individual ficou para Teunissen.

    Neste primeiro dia, Fuglsang, um dos candidatos à vitória final, chegou a ir ao asfalto, ficando com alguns arranhões no corpo.

    No segundo dia, mais boas notícias para a Jumbo-Visma. Desta feita, a equipa holandesa acabou por ganhar no contrarrelógio coletivo mantendo a liderança de Teunissen. A Team Ineos manteve-se em primeiro lugar durante quase todo o contrarrelógio e acabou por sair da liderança, apenas com a chegada da última equipa, a Jumbo-Visma, que retirou 20 segundos ao tempo da equipa britânica.

    Neste dia, Romain Bardet, Porte e a dupla Quintana/Landa, perderam mais de um minuto para os primeiros do contrarrelógio.

    A terceira etapa acabou por mudar o dono da camisola amarela. Julian Alaphilippe decidiu atacar nas últimas dificuldades do dia, onde apanhou Tim Wellens que andava escapado. O belga Wellens teve problemas com a bicicleta e deixou isolado na frente o francês da Quick-Step. Desde esse momento até à meta foi um contrarrelógio individual.

    Foi a décima primeira vitória do ano para Alaphilippe, somando ainda a camisola amarela. Já não havia um francês a envergar a camisola amarela no Tour há cinco anos. Na altura foi Tony Gallopin quem vestiu a amarela.

    Na chegada do pelotão, Matthews (2º) bateu Stuyven (3º), Avermaet (4º) e Sagan (5º), mostrando-se apto para levar a camisola verde que já tinha conquistado em 2017. Na geral individual Alaphilippe tinha 20 segundos de vantagem para o segundo lugar de Wout Van Aert.

    No quarto dia chegou o pelotão com mais um final de etapa ao sprint, já em solo francês. Desta vez foi uma estreia a ganhar no Tour. Após um grande trabalho de Morkov e de Richeze, o sprinter da Deceuninck-Quick-Step, Elia Viviani, acabou por concluir o dia em grande. Sim, Viviani já ganhou muitas etapas e tem inúmeras conquistas, mas nunca tinha ganho no Tour!

    Superou-se no final a Kristoff (2º), Ewan (3º), Sagan (4º) e Groenewegen (5º). Conquistando uma vitória que certamente irá recordar, sendo a sua primeira nesta prova tão importante.

    Na geral individual não houve mudanças significativas, com Alaphilippe a manter facilmente a sua amarela.

    - Advertisement -

    Subscreve!

    Artigos Populares

    André Filipe Antunes
    André Filipe Antuneshttp://www.bolanarede.pt
    O André é licenciado em Marketing e Publicidade e um fã incondicional de ciclismo. Começou desde pequeno a ter uma paixão pelo desporto, através do futebol. Chegava a saber os plantéis de todas as equipas da Primeira Liga! Com o tempo, abriu-se o horizonte e o interesse para outros desportos, como o Ciclismo, o Futsal e, mais recentemente, a NBA. Diz que no Ciclismo existem valores e táticas que mais nenhum desporto possui e ambiciona um dia ter a oportunidade de assistir ao vivo a um evento deste calibre.