Tour de France 2018: Será mesmo este o ano de Thomas?

    O Tour de France enfrentou a sua última chegada em alto na subida ao Col de Portet numa etapa extremamente curta e o camisola amarela, o galês Geraint Thomas da Team Sky, saiu com a liderança reforçada e perfila-se cada vez mais como o vencedor em Paris da 105.ª edição da Grande Boucle.

    À 17.ª jornada do Tour, os ciclistas partiram de Bagnéres-de-Luchon em direção ao Col de Portet, passando por duas outras I Categorias no processo. O colombiano Nairo Quintana salvou o Tour da Movistar atacando no início da subida final para conquistar a jornada e subir algumas posições na Geral. No entanto, o imperturbável Thomas pareceu sempre em controlo e acabou por até ganhar mais alguns segundos aos seus adversários mais diretos.

    Nairo Quintana venceu a última chegada em alto do Tour, mas continua demasiado longe na Geral
    Fonte: José Baptista/Bola na Rede

    Se conseguir manter-se na frente até ao final será o culminar de um processo evolutivo de anos. O britânico começou a sua carreira na pista, onde conquistou vários títulos mundiais e dois ouros olímpicos, mas sempre mostrou ter capacidade para fazer algo mais na estrada quando se dedicasse a esta a 100%. Foi o que fez após Londres 2012 e com resultados imediatos, tornando-se um dos melhores do pelotão nas Clássicas do Norte.

    No entanto, a sua ambição não se ficava por aí e, à semelhança do seu compatriota e amigo Bradley Wiggins, submeteu-se a um processo de emagrecimento para poder melhorar na montanha e entrar na discussão das melhores provas por etapas. Depois de vencer o Paris-Nice, teve a sua oportunidade de liderar a Sky no Giro, mas uma queda afastou-o da prova e o mesmo lhe aconteceria no Tour, quando estava bem colocado na Geral e já tinha ganho uma etapa e vestido de amarelo.

    Este ano, com o caso Froome pendente, preparou-se para estar no Tour a liderar a equipa, caso o companheiro não pudesse participar e, a caminho deste, venceu o Dauphiné. Chegado ao Tour e com Froome ilibado, assumiu-se como segunda escolha da equipa, não negando os maiores pergaminhos de Froome, mas lembrando estar em forma e que o colega tinha o Giro nas pernas.

    Para concretizar o sonho de vencer o Tour de France, Geraint Thomas terá ainda dois grandes testes, uma etapa de montanha com passagem pelo mítico Tourmalet e a terminar em descida em Laruns e o crono do penúltimo dia. Com a vantagem que têm, dificilmente o tirão da frente, pelo que os seus oponentes têm de recuperar tempo. O único que parece com reais hipóteses é Tom Dumoulin, o holandês está a menos de dois minutos e, se diminuir a desvantagem em Laruns, pode colocar o galês sobre pressão no esforço individual, em que o homem da Sunweb é campeão do mundo da especialidade.

    Foto de Capa: José Baptista/Bola na Rede

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